
O homem morto em confronto com o Batalhão de Choque em Ponta Porã, na sexta-feira (14), havia deixado o estado de São Paulo um dia antes da emissão do mandado de prisão contra ele e estava escondido na fronteira há pouco mais de uma semana.
A informação foi confirmada pelo comandante do Choque, tenente-coronel Rigoberto Rocha, durante entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (14).

Segundo Rocha, o suspeito — conhecido como Branca de Neve — contou com uma rede de apoio para se estabelecer rapidamente na região. Ele e outros integrantes do grupo estavam hospedados em uma chácara próxima à fronteira, que funcionava como base para facilitar a fuga ao Paraguai.
“Ele chegou a Ponta Porã logo depois de sair de São Paulo. A estrutura encontrada ali servia para esconder e dar suporte ao grupo”, afirmou o comandante.
Chácara tinha várias áreas usadas pelo grupo
A polícia confirmou que diferentes partes da propriedade eram ocupadas pelos suspeitos. Em dois dos locais indicados pelos policiais houve confronto: primeiro com o líder criminoso, armado com uma pistola 9 mm, e depois com outro homem, que também reagiu e morreu. Na casa principal, um casal e uma mulher foram encontrados, ouvidos e liberados.
Preso ajudava na logística da estadia
Durante a ação, um quarto homem foi preso por facilitar a permanência e a logística do grupo em Ponta Porã, oferecendo moradia, veículos e apoio para a tentativa de fuga. Ele responderá por favorecimento pessoal. “Era quem ajudava a manter toda a estrutura para eles”, disse Rocha.
MS segue alvo de criminosos de fora, diz comandante
O tenente-coronel também afirmou que lideranças de facções de outros estados têm tentado se instalar temporariamente em Mato Grosso do Sul por causa da rota de fronteira.
“Quando aparece uma liderança desse nível, ela sempre vem de fora. E, quando chega aqui, é acompanhada de perto”, completou.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos no apoio ao grupo na região de fronteira.