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ENERGIA ELÉTRICA

Congresso corre para aprovar MP da tarifa social de energia antes do prazo

Texto assegura gratuidade no consumo de até 80 kWh por mês para famílias de baixa renda

A expectativa é de que votação ocorra até o dia 17 (Foto: Reprodução/ Unsplash)
A expectativa é de que votação ocorra até o dia 17 (Foto: Reprodução/ Unsplash)

O Congresso Nacional tem até 17 de setembro para votar a Medida Provisória 1.300/2025, que redefine a tarifa social de energia elétrica e estabelece ajustes no setor. Se não for apreciado até essa data, o texto perde a validade.

A comissão mista aprovou nesta semana o parecer do relator, deputado Fernando Coelho Filho (União Brasil-PE), que reduziu o escopo da proposta para evitar resistências e garantir a votação em plenário.

A MP assegura gratuidade no consumo de até 80 kWh por mês para famílias de baixa renda e cria uma faixa intermediária de descontos para quem tem renda entre meio e um salário mínimo per capita, desde que o consumo não ultrapasse 120 kWh. Comunidades indígenas, quilombolas e rurais terão condições específicas.

“Focamos mais na tarifa social, para levar um texto mais enxuto ao plenário e votar antes do dia 17”, disse Coelho Filho.

Pressão por aprovação

Rosimeire Costa

Para Rosimeire Costa, presidente do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica de MS (Concen-MS) e representante do Conacen, a medida é urgente. “O consumidor de baixa renda nunca entendeu os percentuais escalonados de desconto. Agora, o governo estabelece um patamar mínimo de 80 kWh, suficiente para manter uma geladeira, um ventilador e dar um mínimo de qualidade de vida a quem mais precisa. É inclusão energética”, afirmou.

Ela defendeu que a prioridade seja o apoio às famílias vulneráveis. “Concedemos incentivos à indústria que já se sustenta sozinha; agora é a vez de assegurar o direito das famílias”.

O que vem a seguir

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), prevê votação da MP 1.300 na Câmara entre 9 e 10 de setembro e, no Senado, até o dia 16.

Questões estruturais do setor, como abertura do mercado de energia e uso de baterias, devem ser tratadas na MP 1.304/2025, que tramita até novembro.