RÁDIOS
Paranaíba, 07 de maio

Sem lixão, catadores ficam sem fonte de renda

Desde janeiro, lixo residencial produzido em Paranaíba é levado a aterro sanitário

Por Lucas dos Anjos e Talita Matsushita
20/10/2018 • 09h08
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Um acordo entre o Ministério Público e a Prefeitura de Paranaíba ajustou a situação dos resíduos sólidos do município e, desde janeiro deste ano, o lixo residencial produzido na cidade é levado para um aterro sanitário. Com isso, cerca de 20 famílias que viviam da venda de recicláveis recolhidos no lixão, viram a renda cair.
“A gente vai esperar ver o que eles vão fazer. Eu nem tenho para onde ir. Tudo que conquistei foi daqui”,  disse o catador Severino Fernandes, de 61 anos, que mora no local há 13, com a mulher Cleusa da Silva, 61. Juntos, os dois conseguem renda de R$ 2,5 mil por mês.

Os catadores do antigo lixão, às margens da rodovia MS-497, reaproveitam diversos materiais, como papelão e plástico, comprados por empresas de reciclagem. 

Entre os recicláveis, o que mais rende é o cobre. Queimado, pode ser vendido por até R$ 17 por quilo. Cada big bag - nome dado a um tipo de bolsa usada para  armazenar materiais - carrega até 35 kg e rende de R$ 15 a R$ 20 de outros materiais. 

O Ministério Público e a prefeitura de Paranaíba tentaram, no passado, remover as famílias do local. Na época, havia apenas três famílias de catadores. A prefeitura foi procurada, mas preferiu não responder aos questionamentos sobre programas públicos de atendimento às famílias.

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