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Sistema vai auxiliar pantaneiros e produtores em MS

Lançada oficialmente nesta terça-feira (14), a ferramenta conta com informação geoespacial para analisar pedidos de licença ambiental para queima controlada ou manejo integrado do fogo (MIF)

Por Gerson Wassouf
15/11/2023 • 15h30
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O Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) passa a contar com sistema de geotecnologia para analisar pedidos de licença ambiental para queima controlada ou manejo integrado do fogo (MIF). O Sistema de Inteligência do Fogo em Áreas Úmidas (Sifau) foi desenvolvido em parceria do Imasul, com a ONG Wetlands Internacional, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e o Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

De acordo com o diretor presidente do Imasul, André Borges, a nova ferramenta tem várias vantagens para o órgão ambiental, produtores e para o meio ambiente. 

"O sistema é importante para monitorar e identificar possíveis origens de incêndios florestais em áreas úmidas, como o Pantanal e o Parque do Ivinhema. Ele agiliza e traz segurança na análise dos processos relacionados ao uso do fogo nessas regiões", afirma. 

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O Sifau consiste em uma plataforma composta de diversas camadas de mapas que fornecem informações sobre o tipo de vegetação, a quantidade de biomassa acumulada, a previsão de perigo de fogo no local e nos arredores e o histórico de fogo na propriedade em que se pretende aplicar a queima controlada ou o MIF (Manejo Integrado do Fogo). Essas informações possibilitam que o técnico do Imasul analise o pedido de licença com mais celeridade e possa tomar decisão com mais assertividade.

Tanto a queima controlada quanto o manego integrado do fogo são ferramentas aliadas na prevenção de catástrofes ambientais, pois permitem que áreas com abundância de material combustível sejam queimadas com segurança em épocas apropriadas, tomando os cuidados para que o fogo não se alastre e se transforme em incêndio florestal.

Segundo o coordenador de Boas Práticas da Wetland Internetional, Fábio Bolzan, que ajudou no desenvolvimento do sistema, o Sifau vai auxiliar o produtor rural do bioma na tomada de decisões.

"O fogo no pantanal é milenar e desde que o pantaneiro está lá, ele usa o fogo para manejar sua terra. Agora ele vai ter informação geoespacial na propriedade dele, perigo da atividade, áreas que tem que proteger e ser preservadas, como áreas florestadas, porque o campo é amigo do fogo, a floresta nem tanto", explica o coordenador.

A Wetlands Internacional é uma organização não governamental sem fins lucrativos e que tem a sede do Brasil localizada em Campo Grande. A Ong trabalha com o objetivo central de proteger a saúde e a conectividade do sistema de áreas úmidas e atua também com foco no Pantanal.

A diretora executiva da Wetlands International no Brasil, Rafaela Nicola, conta como a ONG vê a importância da proteção do Pantanal.

"O papel da Wetlands sempre foi de construir pontes e encontrar soluções, e essas soluções vêm da integração da comunidade. E foi assim que o projeto do Sifau foi desenvolvido, com a integração da comunidade científica com os pantaneiros e com órgãos do estado. Então nós realmente mantemos uma conservação ativa e inclusiva, para que a gente tenha o pantanal que a gente tanto ama por muitos e muitos anos e gerações", conclui a diretora.

Confira a reportagem sobre o evento:

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