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INVESTIGAÇÃO

MPF abre investigação sobre professora afastada por importunação sexual

Professora foi afastada de suas funções na UFGD por tempo indeterminado. / Foto: Divulgação/UFGD
Professora foi afastada de suas funções na UFGD por tempo indeterminado. / Foto: Divulgação/UFGD

O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação sobre a denúncia de importunação sexual feita por quatro estudantes contra uma professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). O caso aconteceu no dia 9 de junho e a docente foi afastada temporariamente de suas funções. A universidade comunicou o afastamento e afirmou que adota medidas para garantir a segurança dos alunos e apurar os fatos com rigor.

De acordo com o MPF, o inquérito instaurado está em fase preliminar de coleta de informações e a sede do MPF em Mato Grosso do Sul vai acompanhar o andamento do caso.

Paralelo a isso, uma outra investigação também está em andamento na Delegacia da Mulher de Dourados, para apurar os fatos, que, inicialmente, estão sendo investigados como importunação sexual.

A UFGD declarou repúdio a qualquer forma de violência contra as mulheres e informou que acompanha o caso de perto. A instituição também instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que tramita em sigilo até a sua conclusão. A professora segue afastada por tempo indeterminado.

RELEMBRE O CASO
Conforme as informações do boletim de ocorrência, as quatro estudantes relataram que foram até a casa da professora para realizar uma avaliação proposta por ela. No local, foram recebidas por um idoso de 70 anos, trajando cueca, e posteriormente foram abordadas por um homem, de cerca de 30 anos, também de cuecas. Eles fizeram comentários sobre os corpos das estudantes e as elogiaram de maneira inapropriada.

O homem mais jovem teria beijado uma das estudantes à força, além de ter abraçado e tocado as outras estudantes. Ainda conforme os relatos, a professora apareceu durante a situação e pediu a um terceiro homem para retirar os dois envolvidos. Apesar do ocorrido, a docente insistiu para que a prova fosse aplicada, mesmo diante do abalo emocional das alunas.