A Polícia Federal e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY), com o apoio da Força-Tarefa Conjunta e do Ministério Público Paraguaio, deram início à 53ª fase da Operação Nova Aliança, nesta segunda-feira (20). Esta é a sexta e última fase da operação em 2025, consolidando o ano como o mais intenso ciclo operacional desde o início da iniciativa binacional, em 2012.
Segundo a PF, nesta etapa, as forças de segurança brasileiras e paraguaias buscam alcançar o maior volume de erradicação de plantações ilícitas de cannabis da história da operação, reforçando o compromisso conjunto no combate ao narcotráfico e à criminalidade transnacional.
Operação
Somente em 2025, as cinco fases anteriores resultaram na destruição de cerca de 4.500 toneladas de maconha, cultivadas em aproximadamente 1.400 hectares de áreas remotas e de difícil acesso. Desde a criação da Operação Nova Aliança, mais de 44 mil toneladas de maconha já foram erradicadas em ações conjuntas, representando uma expressiva redução da oferta da droga na região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2024, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), a maconha segue sendo a droga mais consumida no mundo, com aumento da concentração de THC e diversificação de produtos, especialmente em países onde sua legalização foi implementada.
A Operação Nova Aliança não apenas representa uma das mais duradouras e eficazes cooperações internacionais de combate ao tráfico de drogas, mas também incorpora uma vertente de restauração ambiental por meio da Operação Restaurar, conduzida pelo Instituto Nacional de Florestas do Paraguai, que atua na recuperação das áreas degradadas pela atividade ilícita.
A 53ª fase conta ainda com o apoio de peritos criminais federais para atuação em conjunto com especialistas do Laboratório Forense e do Centro de Evidências da SENAD/PY, realizando coleta e análise de amostras de plantas e solo nas áreas de erradicação.
Esses estudos permitirão traçar o perfil químico da droga, identificar sua origem, insumos utilizados no cultivo, níveis de pureza e condições de processamento e transporte. Os resultados subsidiarão investigações criminais, servirão como provas técnicas em processos judiciais e fornecerão dados estratégicos para o enfrentamento das organizações envolvidas no tráfico de drogas na região. (Com informações da Assessoria)