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INVESTIGAÇÕES

Polícia destaca emboscada e não confirma versão de autor de latrocínio

Polícia civil detalhou o crime da manhã desta segunda-feira (17) / Foto: Raissa Vitória/Massa FM Dourados
Polícia civil detalhou o crime da manhã desta segunda-feira (17) / Foto: Raissa Vitória/Massa FM Dourados

Durante esclarecimentos sobre o assassinato do padre Alexsandro da Silva Lima, em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (17), o delegado do Setor de Investigações Gerais (SIG) de Dourados, Lucas Veppo, relatou que não há comprovações da versão apresentada pelo autor do crime, Leanderson de Oliveira Júnior, 18 anos, de que teria sido obrigado a manter relação de cunho sexual com a vítima.

Conforme informado anteriormente pelo RCN67, o jovem afirmou que matou o padre após, segundo ele, ter sido forçado a praticar sexo oral, na noite de sexta-feira (14), na casa do religioso, em Dourados. Depois da agressão, ele contou que roubou o Jeep Renegade e que pretendia vender o veículo por R$ 40 mil no Paraguai, além de envolver outros quatro jovens na ocultação do corpo e no furto de objetos da residência.

“Essa é uma informação não-oficial, que não foi fornecida pela Polícia Civil, foi uma alegação feita durante o interrogatório do autor. Ele tem o direito de dizer o que bem entender como direto de defesa. Ele informou essa situação, que até o momento não tem nenhum indicio de que tenha acontecido, que tivesse algum envolvimento anterior com o padre ou que o padre tenha tentado ataca-lo de forma sexual”, destaca o delegado.

Apesar disso, foi confirmado que o autor pretendia vender o carro da vítima no Paraguai, por R$ 40 mil, e que o celular do padre foi descartado próximo ao IFMS de Dourados, após não conseguirem desbloquear o aparelho.

O delegado ainda ressalta que a forma com que o padre foi atacado aponta que o crime seria uma emboscada.

“O padre tinha um porte físico avantajado e o autor é uma pessoa franzina, então acreditamos que ele tenha atacado de forma sorrateira, como uma emboscada, para conseguir golpeá-lo da fora com golpeou”, disse.

Investigações e Prisões

Os celulares da vítima e dos envolvidos foram apreendidos e serão periciados para buscar mais informações sobre o crime. O autor, já tinha passagens pela polícia, e outro jovem de 17 anos seguem detidos, um pela morte e outro pelo crime de roubo. Já as duas adolescentes de 17 anos e João Victor Martins Vieira, de 18 anos, foram liberados depois da análise das circunstâncias da prisão e do material apresentado.

A polícia também não encontrou indícios de que tenha ligação entre o caso e o assalto sofrido pelo padre em 2018. As investigações continuam e o crime segue tratado como latrocínio, que é roubo seguido de morte.

Confira a coletiva: