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ESPECIAL: ?Primeira coisa é ser cidadão e estudar?

Conselhos para os jovens não faltaram durante a entrevista com o presidente do Misto,

O presidente do Misto, Jamiro Rodrigues de Oliveira -
O presidente do Misto, Jamiro Rodrigues de Oliveira -

“Tem atletas que se cuidam. O goleiro Ramon, por exemplo, estava fora dos treinamentos do Misto há 30 dias e se preparou sozinho para jogar contra a Seleção Sub-20. Tem quase seis anos que ele está comigo, sabia que ele iria estaria em forma”, disse. Conselhos para os jovens não faltaram durante a entrevista com o presidente do Misto, Jamiro Rodrigues de Oliveira. “A primeira coisa é ser cidadão e estudar. O futebol pode dar certo ou não. O atleta que se preocupa só em ganhar dinheiro não vira nada. Depois, se ganhar têm que ter um parente para administrar porque o atleta não tem tempo”, frisou.

Segundo Miro, o que mais chama atenção no futebol do interior do Estado é a mudança de postura dos diretores das equipes. “A parte profissional melhorou. Até 2004, tinha diretor que chegava na beira do campo para xingar jogador, mandar bater no adversário. Esses mesmos diretores mudaram e deixaram de ser amadores para serem profissionais”.

PREVISÃO

“Em uns cinco anos estaremos igual a Paraná, Minas Gerais e Goiás. Cada ano que passa vai melhorando a maneira de trabalhar. Conversando com dirigentes, eles dizem que 2008 e 2009 aconteceram os melhores campeonatos dos últimos 10, 12 anos”. Francisco Cezário de Oliveira é mais otimista ainda:  “Esse processo de evolução já está consolidado. Ainda mais agora que temos uma proposta de um empresário para patrocinar o Comercial e outro para injetar dinheiro no Operário também. Temos que chegar ao nível dos outros Estados. Só depende de nós, mas já houve uma evolução grande em relação ao restante do País”.

Para Miro, a atual geração de jogadores jovens é única. “Nunca tivemos uma safra de jogadores jovens como agora. Temos seis a oito atletas entre 15 e 18 anos que jogam em qualquer time da série A hoje.

MOMENTOS

“Tive bons momentos. Como jogador, na época que era eu garoto, em 56, 57, fomos treinados por um treinador da Seleção durante uma temporada inteira. O nome dele era Paulinho. Em 68, jogava para o Cruzeiro de Cuiabá como atacante e fomos campeões regionais. Como dirigente foi em 2006. O Misto conquistou o estadual sub-17 invicto e tomou apenas um gol”. O momento mais difícil ainda não acabou. “O problema do pagamento dos jogadores. Para mim está sendo ainda o pior. Fiquei duas, três noites sem dormir, sem comer. Ainda não acabou, falta pagar alguns e eu vou pagar”.