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Três Lagoas, 27 de abril

Dengue, uma ameaça permanente

Confira o editorial do Jornal do Povo, da edição deste sábado (2)

Por Redação
02/03/2024 • 08h21
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Novamente estamos diante de mais uma ameaça à saúde de todos nós – a dengue, que se não identificada e tratada pode levar a óbito quem apresentar seus sintomas. Há anos não vemos mais ações do fumacê, que espalhando veneno acabava por matar focos do vetor da dengue por ele atingidos em áreas a céu aberto. Uma das versões para a suspensão desse serviço foi a de que o seu uso indiscriminado pode favorecer a multiplicação de mosquitos mais resistentes a inseticidas, tornando o combate à dengue ainda mais desafiador, segundo autoridades sanitárias.

Mas, a eliminação do mosquito efetivamente se dá com a supressão de possíveis criadouros em imóveis residências e áreas próximas. Infelizmente, o aumento da infestação da dengue decorre por conta do descaso dos moradores das cidades que não se importam em acondicionar devidamente o lixo que produzem. Pior, sequer evitam dentro de suas próprias casas o acúmulo de água em recipientes, entre eles, vasos com plantas ornamentais, caixas d’agua descobertas e até mesmo água empoçada em qualquer lugar ou nas proximidades de onde residem. Esses cuidados mínimos, podem substancialmente minimizar a proliferação do aeds aegypti – o mosquito transmissor da dengue, também, transmissor da febre amarela urbana.

O Brasil já beira a casa de um milhão de casos notificados. E, caso, a população não contribua para eliminar esses focos, principalmente aqueles dentro das próprias residências, certamente, seremos surpreendidos pelo agravamento nesta estação do ano com a elevação do número de óbitos por conta dessa infestação, que também causa extremo mal estar nas pessoas, impossibilitando – as para as atividades cotidianas.

O fato é que a lista de ações para se evitar a proliferação desse mosquito é longa e o efetivo combate ao mosquito transmissor da dengue só será vencido se cada um de nós der contribuição efetiva numa ação complementar às das autoridades sanitárias. É inconcebível que produzamos uma enorme quantidade de lixo sem que estes sejam descartados e maneira correta.

É nossa obrigação evitar o acúmulo de água e lixo, seja onde for. Essa é uma cruzada que deve contar com a adesão de todo o cidadão consciente de suas obrigações. Pois, caso contrário as comunidades urbanas em geral pagarão um preço alto pelo contágio dessa doença que pode infelicitar lares e colocar fim em muitas vidas. Indiscutivelmente, o exercício da boa cidadania exige que tenhamos comprometimento com a sociedade onde vivemos. É preciso eliminar urgentemente os focos de mosquito fazendo a nossa parte. 

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