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Três Lagoas, 16 de setembro

Protetores de animais defendem hospital público para pets em vez de cemitério

Prefeitura orça espaço de 24 quadras de sepulturas para pets no valor de R$ 2,8 milhões

Por Ana Cristina Santos
03/08/2024 • 12h32
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A construção de um cemitério para animais no bairro Santa Luzia, em Três Lagoas, orçado em R$ 2,8 milhões, tem gerado divergência de opiniões na cidade. Com uma área de 245 metros quadrados, o projeto inclui 24 quadras com sepulturas, uma área para velório, recepção, guarita, seis banheiros, copa, administração, depósito e estacionamento com 22 vagas.

A Prefeitura de Três Lagoas justifica a construção do cemitério como uma medida necessária para garantir um destino adequado para os animais domésticos, evitando problemas ambientais e de saúde pública em vez de incineração. Atualmente, muitos moradores descartam animais mortos em terrenos baldios, causando danos ao meio ambiente, apesar da contratação de empresa terceirizada para a coleta e destinação de pets de pequeno porte.

A construção do cemitério para animais em Três Lagoas é uma iniciativa da prefeitura para resolver problemas ambientais e de saúde pública, mas enfrenta resistência de grupos de protetores de animais que apontam outras necessidades mais urgentes.

Demandas

Grupos de protetores de animais criticam o projeto, apontando que há outras prioridades, como a construção de um hospital para animais e investimentos em castração e abrigos provisórios. Eles destacam o aumento de animais de rua na cidade, mesmo com o funcionamento do Castramóvel do Centro de Controle de Zoonoses.
Melina Zuque, assistente administrativa e integrante de um desses grupos, encabeçou uma petição para que a prefeitura construa um hospital público para animais. Recentemente, Melina visitou uma cidade no estado de São Paulo que possui uma clínica pública para animais, cujo investimento foi na casa de R$ 3 milhões. Segundo ela, essa deveria ser a prioridade em Três Lagoas, e não a construção de um cemitério para animais no momento.

Ação voluntária

A professora Priscila Rodrigues faz parte de outro grupo de protetoras que cuidam dos animais abandonados.

As voluntárias saem pelas ruas colocando ração e água nos comedouros espalhados em vários pontos da cidade, tudo com recursos próprios. Priscila acredita que são necessários mais investimentos em castração e abrigos provisórios para controlar a população de animais de rua e oferecer um local para tratamento.

Por esse motivo, Priscila é contra a construção do cemitério para animais. E, defende que o foco deveria ser em medidas que ajudem a reduzir o número de animais de rua e melhorar o bem-estar dos que já estão abandonados.

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