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Três Lagoas, 30 de abril

Sem conseguir assumir 100% do controle da Eldorado, PE anuncia nova fábrica

Nova unidade da Paper Excellence terá capacidade produtiva de 2,5 milhões de toneladas por ano

Por Ana Cristina Santos
13/05/2023 • 07h31
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Enquanto não consegue finalizar 100% da compra da Eldorado Brasil, a Paper Excellence (PE), sócia da J&F Investimentos na fábrica de celulose em Três Lagoas, planeja novos investimentos no Brasil. O empresário indonésio Jackson Wijaya disse que o planejamento da empresa é construir uma nova fábrica no país, com investimentos de US$ 4 bilhões, o equivalente a R$ 20 bilhões. 

A nova unidade da Paper Excellence terá capacidade produtiva de 2,5 milhões de toneladas por ano e deve gerar mais de 2,5 mil empregos diretos. O local da futura unidade ainda não foi escolhido, segundo Wijaya, que apresentou os planos da empresa, durante encontro com seis governadores brasileiros, nesta semana.

Estiveram no encontro os governadores Renato Casagrande (Espírito Santo), Helder Barbalho (Pará), Mauro Mendes (Mato Grosso), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Cláudio Castro (RJ) e Wilson Lima (Amazonas), além do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e do presidente da PE no Brasil, Claudio Cotrim.

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A PE possui 60 fábricas e mais de 21 mil funcionários. Em Três Lagoas, detém 49% da Eldorado e disputa na Justiça os outros 51% das ações pertencentes à holding J&F. A Paper Excellence pretende investir R$ 16 bilhões na ampliação da Eldorado. Entretanto, para isso, precisa aguardar a decisão sobre a disputa judicial pelo controle de 100% da fábrica que se arrasta há cinco anos.

Em setembro de 2017, o Grupo J&F acertou a venda de 100% da fábrica por R$ 15 bilhões.  No entanto, em setembro de 2018, quando a Paper Excellence já detinha 49,41% das ações, a J&F declarou extinto o contrato, sob a justificativa de que a compradora não havia liberado garantias prestadas em dívidas da produtora de celulose, uma pré-condição para aquisição do controle. 

A Paper Excellence entrou na Justiça contra a J&F alegando violação do contrato.  Por esse motivo,  permaneceu sócia minoritária porque a J&F não cumpriu o contrato, agindo de  má-fé e dificultou a liberação das garantias, conforme confirmado pelo Tribunal Arbitral e pela Justiça de São Paulo.

Desentendimentos entre comprador e vendedor levaram a negociação para a arbitragem judicial. E processo de transferência se arrasta até hoje na Justiça. 

 

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