RÁDIOS
Três Lagoas, 20 de abril

Três-lagoense reclama da falta de medicamento para tratamento da diabetes

O Xigduo, utilizado para tratamento da doença está em falta há cerca de quatro meses na cidade

Por Daiana Oliveira
29/09/2021 • 09h25
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Há cerca de quatro meses, a rede pública de saúde de Três Lagoas não disponibiliza o medicamento Xigduo, utilizado para tratamento da diabetes, e no início de setembro, a insulina também começou a faltar. Algumas pessoas tem sofrido complicações com a falta dos remédios, especialmente o Xigduo que é mais caro, como é o caso de Manoel Ataíde.

O Xigduo é indicado para o controle glicêmico de quem tem Diabetes Mellitus 2 e diante da falta, não restou outra opção, a não ser comprar. Manoel, de 66 anos, conta que não pode ficar sem o Xigduo, nem mesmo a insulina.

“Eu já sou deficiente visual por complicações e descuido em relação a glicemia, então eu sei o quanto é importante tomar os remédios regularmente. O Xigduo atua como um complemento para prolongar o efeito da insulina e uma cartela de 30 comprimidos, custa cerca de R$ 250, muito caro”, explica Manoel.

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Segundo Manoel, era para ele ter pego a insulina na rede pública de saúde no início do mês, mas até o momento não conseguiu. “Pediram para eu retornar dia 19 de setembro, mas ainda está em falta e me disseram que não tem previsão para chegar”, diz Manoel.

Para ele, manter o custo do uso da insulina também é difícil para ele.

SITUAÇÃO

A Secretaria Municipal de Saúde confirma que existe a falta de medicamentos, pactuados, não pactuados e remédios especiais. Muitas vezes a falta existe por licitações fracassadas, ou pela alta dos preços dos remédios. Uma nova licitação deve ser realizada nesta quarta-feira (29), no objetivo de adquirir o Xigduo e retomar a distribuição do medicamento às pessoas que precisam fazer uso do mesmo e dependem da disponibilização na rede de saúde pública.

XGDUO

O Xigduo é um medicamento fornecido apenas em casos judiciais e para idosos carentes cadastrados no setor de medicamentos especiais. Ele era adquirido através de uma licitação realizada com drogarias, porém, o Tribunal de Contas anulou essa licitação e entende que a aquisição de medicamentos não pode se dar por valor global e sim item por item. Em maio, uma licitação foi realizada, mas não foi possível adquirir o medicamento. Além disso, o município, atualmente, tenta entrar com recurso no Tribunal de Contas para reverter a anulação.

 

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