Após receber da Polícia Federal (PF) o inquérito gerado pela Operação Uragano, que investigou a corrupção em Dourados, o promotor público Paulo Zeni, informou ontem à tarde, em entrevista coletiva, que, ao todo, pediu o afastamento de 29 pessoas de suas funções públicas.
Além do prefeito Ari Artuzi (PDT), que está preso em Campo Grande, e da primeira-dama, Maria Aparecida Freitas Artuzi, que ocupa a Coordenadoria de Políticas Públicas para a mulher e dos nove vereadores que foram presos, como já havia sido divulgado, o promotor solicitou o afastamento de 9 servidores públicos.
O promotor divulgou que foram indiciados 9 secretários e ex-secretarios, 29 empresários, 11 vereadores, dois beneficiários do esquema, 9 servidores públicos, 4 assessores de vereadores e dois mensageiros, responsáveis por buscar e entregar quantias em dinheiro. No total, a soma é de 66 pessoas.
Todos são acusados de corrupção ativa e passiva, fraude a licitações e formação de quadrilha. Essa é parte criminal da investigação. A denúncia será apresentada ainda esta semana à Justiça.
Haverá uma outra ação, cível, para tentar reaver os valores desviados e punir de outra forma os envolvidos, como por exemplo com a perda da função pública.
O promotor disse que ainda não é possível saber qual o tamanho do prejuízo. Para isso, afirmou, é preciso esperar que sejam encerradas as auditorias em andamento. Só depois disso ele deve entrar com a ação civil público.
O afastamento pedido pelo promotor é de 30 dias. Nesse intervalo, ele acredita que já tenha pronta a segunda ação a respeito do caso.