O último sábado de novembro será o Dia Nacional de Combate à Dengue. É o que estabelece projeto (PLS 23/02) aprovado nesta quarta-feira (24) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que rejeitou as emendas da Câmara à matéria. O texto original é de autoria do então senador Vasco Furlan.
O objetivo do projeto é mobilizar iniciativas do poder público, bem como a participação da população para realização de ações destinadas a eliminar o mosquito transmissor da dengue. O projeto também autoriza os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Ministério da Saúde a desenvolverem campanhas educativas durante a semana que inclui o dia instituído.
A proposta já havia sido aprovada pela CAS, em decisão terminativa, que estabeleceu o penúltimo sábado de novembro para celebrar a data, em vez de 23 de julho, como inicialmente sugerido pelo autor. A alteração da data, explicou o relator, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), deveu-se ao fato de o Ministério da Saúde já ter fixado essa data com o mesmo objetivo. A decisão da CAS foi acatada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Na Câmara dos Deputados, o projeto recebeu emendas, com as quais o relator não concordou.
A presidente da CAS, senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) lembrou que o projeto, apesar de ser de 2002, é atual, uma vez que epidemias de dengue têm afetado várias cidades do país. Na avaliação da senadora, que é médica, a doença deve ser controlada com medidas preventivas, com o que o Parlamento pode contribuir ao incentivar as medidas sanitárias implantadas pelo Governo.
– A dengue está dentro de casa, nos restinhos de água parada nos vasos de plantas, nos potinhos, nas piscinas, e, assim, há proliferação da doença – ressaltou Rosalba, que destacou ser a prevenção uma prática a ser adota por todas as faixas etárias.
Atividades perigosas
A CAS também rejeitou as emendas apresentadas em Plenário pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e pelo então senador Oswaldo Sobrinho ao PLC 322/09, que propõe a definição de critérios para caracterização das atividades e operações perigosas. A proposta é de autoria da deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
O relator da matéria na CAS, senador Paulo Paim (PT-RS) ressaltou que o projeto foi aprovado por unanimidade tanto na Câmara dos Deputados como na CAS. Ele considera importante manter o texto original para que a definição de operações perigosas possa embasar a concessão de aposentadorias. O projeto, agora, voltará a ser examinado em Plenário, em caráter de urgência, conforme requerimento apresentado pela senadora Rosalba Ciarlini e aprovado pela comissão.
Audiências
A CAS ainda aprovou na reunião desta quarta-feira três requerimentos para realização de audiências públicas. Um deles, de autoria do senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), solicita realização de audiência para instruir o PLS 238/04, que institui normas gerais para o desporto. Requerimento do senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), pediu audiência para discutir a jornada de trabalho dos farmacêuticos; e outro do senador Papaléo Paes (PSDB-AP) solicitou inclusão do nome secretário executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria na Medicina, André Barcellos, para participar da audiência pública que discutirá nesta quinta-feira (25) a pirataria na medicina.