Falando aos senadores da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, manifestou sua indignação com os baixos recursos orçamentários que o país direciona para construir um programa espacial próprio.
Ele disse que, exatamente por ser um representante do governo tem o direito de defender o setor. Para Ganem, é um desperdício que o Brasil não aproveite o forte potencial que possui em termos espaciais para ocupar uma posição de destaque em termos estratégicos no mundo.
– O Brasil tem uma das melhores posições do mundo, em termos estratégicos, e temos que encampar uma luta constante para defender algo que poucos defendem, que é a entrada do país no mercado espacial – enfatizou Ganem, acrescentando que vários países que entraram na área depois do Brasil já ultrapassaram o país.
Ele criticou duramente o atraso que o Brasil experimenta no setor, lembrando que a base de lançamento de foguetes de Alcântara, no Maranhão, funciona há 27 anos, com equipamentos e estruturas totalmente obsoletos.
– Vamos parar de brincar. Não importa onde a agência espacial esteja. Importa que ela tenha estrutura e condições para poder funcionar – desabafou o especialista.