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ESPERANÇA PARA FAMILIARES

Campo Grande adere a sistema nacional de busca por desaparecidos

Termo de cooperação entre MPMS e Prefeitura de Campo Grande
MPMS e Prefeitura de Campo Grande firmam cooperação para localização de pessoas desaparecidas. Foto: Gerada por IA.

Em resposta ao aumento no número de pessoas desaparecidas, a cidade de Campo Grande deu um importante passo na articulação institucional para lidar com o problema. Um Acordo de Cooperação Técnica foi assinado entre o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e a Prefeitura Municipal, integrando o município ao Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid). Essa iniciativa é do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

O pacto, com duração inicial de 48 meses, não prevê repasse financeiro. No entanto, ele estabelece obrigações técnicas e operacionais entre as partes, visando acelerar investigações. Além disso, busca atualizar dados com mais precisão e promover campanhas de conscientização relacionadas ao sistema nacional de desaparecidos.

📈 Casos aumentaram em 2025

Segundo a Sejusp, só até maio de 2025, Campo Grande registrou 72 desaparecimentos — superando os 66 casos de todo o ano anterior. A adesão ao Sinalid busca reverter esse cenário por meio de integração de dados, capacitação de servidores e protocolos padronizados de atendimento às famílias; é uma ação dentro do sistema nacional de desaparecidos.

Enquanto isso, em nível nacional, os números são alarmantes. 77.060 pessoas foram oficialmente registradas como desaparecidas em 2023. Isso equivale a 211 por dia, segundo o Ministério da Justiça.

Implementação e Responsabilidades

Pelo documento, o MPMS será responsável por abastecer o sistema com dados atualizados e fiscalizar investigações. Além disso, deverá orientar seus membros sobre a prioridade desses casos. Já a Prefeitura Municipal deverá designar servidores de áreas como Saúde, Assistência Social e Segurança. Estes atuarão diretamente no processo do sistema nacional de desaparecidos, que inclui coleta e inserção de dados no Sinalid. Além de promover capacitação, também deverão padronizar os atendimentos.

Com o reforço da rede e o uso de tecnologia, a expectativa é que a capital amplie a eficácia na localização de pessoas. Isso deverá promover maior acolhimento às famílias através das ações do sistema nacional de desaparecidos.