As empresas de grande porte mais antigas foram as que contrataram mais e pagaram os melhores salários em 2008, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Elas responderam por 52,6% das admissões e por 68,3% da maior parcela das remunerações.
Apesar do resultado, as microempresas (com até nove funcionários) são a maioria do país. Do total de 4,1 milhões de empresas ativas, 3,6 milhões ou 88,7% eram microempresas. As indústrias de transformação empregaram 27,6% dos trabalhadores e pagaram 33,6% dos salários no ano. A remuneração média paga aos trabalhadores foi de 3,1 salários mínimos (R$ 1.581).
Dentre as 20 principais divisões empregadoras, a que apresentou o maior salário médio mensal foi Atividades de serviços financeiros, com 9,6 salários mínimos (R$ 4.896), mas absorveu somente 2% do pessoal ocupado assalariado. Em seguida, Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias pagou 6,4 salários mínimos (R$ 3.264), e Fabricação de máquinas e equipamentos 4,9 salários mínimos (R$ 2.499).
Os menores salários médios mensais foram verificados em Alimentação e Serviços para edifícios e atividades paisagísticas, de 1,5 salário mínimo (R$ 765) . Comércio Varejista, que absorveu 18,4% do pessoal ocupado total, pagou 1,8 salário mínimo médio mensal (R$ 918).
Somente 20 das 87 divisões da CNAE 2.0 (Cadastro Central de Empresas) foram responsáveis por 70,7% do pessoal ocupado assalariado e por 59,8% do total de salários e outras remunerações pagos pelas empresas em 2008. As cinco divisões que mais se destacaram, absorvendo cada uma mais de 1 milhão de pessoas ocupadas assalariadas, foram: comércio varejista, fabricação de produtos alimentícios, transporte terrestre (4,7%), comércio por atacado (4,7%) e alimentação (4,0%).
Por região
A Região Sudeste concentrou metade das contratações do país, respondendo por 55,3% do pessoal ocupado assalariado e 63,4% do total de salários. Em seguida apareceram Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Vale destacar que a soma das participações dessas quatro regiões em todas as variáveis foi inferior à participação da Região Sudeste.
São Paulo concentrou 33% do pessoal ocupado assalariado e 41,9% dos salários e outras remunerações pagos no ano, seguido de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Por outro lado, as menores participações foram observadas em Roraima, Amapá e Acre, localizadas na Região Norte.