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Estado frágil dificulta socorro às vítimas da tragédia no Haiti

Folha percorre cenário de destruição; Cruz Vermelha estima mortes no terremoto em 50 mil

Dois dias após o terremoto no Haiti, Porto Príncipe ainda não começara a reagir à tragédia que arrasou a capital mais pobre das Américas. A Folha percorreu a cidade de carro ontem e encontrou centenas de corpos em decomposição acumulados, casas destruídas e sobreviventes sob os escombros, em meio à ausência quase completa do Estado.

Serviços de resgate praticamente inexistem. Em prédios como o da Universidade GOC, era possível ver salas repletas de corpos misturados a cadeiras escolares. Há acampamentos de refugiados em vários pontos da cidade; faltam água e combustível por toda parte.

A partir de observações de campo, a Cruz Vermelha estimou em 45 mil a 50 mil os mortos no tremor de terça. Segundo a ONU, porém, a avaliação de que as vítimas podem ter chegado a 100 mil é "coerente".