
Uma quadrilha foi presa na última semana acusada de clonar cartões de crédito de turistas no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Quem é vítima desse tipo golpe tem trabalho para recuperar o dinheiro descontado indevidamente na conta ou no cartão. Para evitar que seus dados sejam usados por golpistas para criarem um cartão de crédito em seu nome, algumas medidas podem ser tomadas.
Quem vai usar um caixa eletrônico deve estar ainda mais atento agora, pois grandes eventos costumam atrair ladrões pela oportunidade de mais dinheiro sendo movimentado e pelo anonimato das multidões. Triste para nossa imagem, mas uma realidade: no Brasil estão alguns dos “especialistas” mais hábeis em clonagem de cartões de crédito. Para se defender da ação deles, veja as dicas da Kaspersky Lab, empresa especializada em segurança de TI e soluções de segurança digital. São orientações para o incauto não cair nos golpes dados em caixas eletrônicos e dispositivos de pontos de venda, garantindo sua segurança ao sacar dinheiro ou ao pagar a conta em um restaurante. Em pontos de venda Os dispositivos de pontos de venda são muito comuns em nosso país pois, segundo dados do Banco Central, os cartões de crédito e débito são responsáveis por 70% de todos os pagamentos feitos no Brasil, quando não se paga com dinheiro. Os cartões com chips que usam senhas são aceitos por quase todas as empresas, até mesmo nos táxis.
Dica: apesar das notícias recentes sobre falhas de segurança em cartões com CHIP eles ainda são mais seguros e mais difíceis de clonar que os cartões com a tarja magnética. Se você ainda não tem um cartão com chip, questione no banco se é possível obter um.
Se o funcionário da loja ou do restaurante pedir para levar o cartão até a máquina.
Dica: evite fazer isso, é uma grande oportunidade para fraudadores clonarem o cartão. Peça ao funcionário que leve o terminal de pagamento eletrônico até você ou o acompanhe até o caixa para fazer o pagamento.
Tenha cuidado com situações casuais ou acidentes em que seu cartão fique fora do seu alcance, mesmo que por um instante. Se isso acontecer, verifique se o cartão devolvido é realmente o seu. Se tiver alguma dúvida, comunique o fato imediatamente ao banco.
Malware e teclados para inserção de senha O malware conhecido como Chupa Cabra, o Trojan-Spy. Win32.SPSniffer tem muitas variações desenvolvidas no Brasil, e atua desde 2010 afetando dispositivos de pontos de venda e teclados para inserção de senha. Esses dispositivos são conectados a um computador por uma porta USB ou serial para a comunicação com o software de transferência eletrônica de fundos. O cavalo de Tróia infecta o computador e captura os dados transmitidos por essas portas. A senha é criptografada logo que é inserida, normalmente usando a criptografia DES tripla. Porém, a faixa 1 de dados (número do cartão de crédito, data de validade, código do serviço e CVV) e os dados públicos do chip não são criptografados no hardware de dispositivos antigos e desatualizados. Eles são enviados em texto simples para o computador através de portas USB ou seriais. A captura desses dados é suficiente para clonar o cartão de crédito.
Dica: preste muita atenção na fatura do seu cartão de crédito; verifique todas as transações e informe o banco imediatamente se houver qualquer suspeita.
Sempre que possível, tente pagar usando dispositivos de ponto de venda sem fio – eles são um pouco mais seguros que os mais antigos, conectados a portas seriais ou USB.
Como usar caixas eletrônicos No Brasil há 118 caixas eletrônicos para cada 100 mil pessoas adultas, de acordo com o Banco Mundial. O país é o nono do mundo em número de caixas eletrônicos. Isto representa muitas oportunidades para os fraudadores instalarem “skimmers”, também conhecidos como dispositivos ‘Chupa Cabra’.
Dica: use a mão para cobrir o teclado enquanto digita sua senha. Muitos “skimmer” utilizam câmeras escondidas e, assim, serão frustrados.
Se você notar algo estranho na máquina avise o funcionário do banco e escolha outro caixa para sacar dinheiro.
“Seja cauteloso ao usar caixas eletrônicos ou pagar contas com seu cartão de crédito. Não se esqueça de que os criminosos virtuais aplicam esquemas mal-intencionados o tempo todo. Lembre-se também de que é muito mais seguro se as transações forem efetuadas na sua frente. Tenha cuidado com situações casuais ou acidentes em que seu cartão fique fora do seu alcance, mesmo que por um instante. Se isso acontecer, verifique se o cartão devolvido é realmente o seu. Se tiver alguma dúvida, comunique o fato imediatamente ao banco”, adverte Fabio Assolini, pesquisador sênior em segurança da Equipe de Pesquisa e Análise Global da Kaspersky Lab.