A direção da Fibria prepara para levar, em junho, ao Conselho de Administração proposta para duplicar a capacidade de produção da fábrica de celulose instalada em Três Lagoas. Segundo o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, a empresa já deu andamento aos planos de expansão, inclusive, já obteve as licenças necessárias e contratou uma empresa de engenharia .
Cidade
Fibria mantém projeto para expansão da fábrica em Três Lagoas
Ao Valor Econômico, Castelli disse que cerca de 50 pessoas trabalham no projeto de expansão da empresa em Três Lagoas. Um dos pré-requisitos para retomada do projeto de expansão era a reconquista da nota de crédito grau de investimento, que veio em fevereiro pelas mãos da Fitch Ratings. Porém, tanto o crescimento orgânico quanto a via da consolidação, segundo o presidente, seguem previstos no plano estratégico traçado há quase três anos, que estabeleceu grandes metas e orientará o crescimento da companhia até 2025.
Quanto a rumores de possíveis combinações de ativos ou aquisição entre fabricantes de papel e celulose, segundo apurou o Valor Econômico, não há, neste momento, nenhuma proposta concreta que envolva a maior produtora mundial de celulose de eucalipto, a Fibria.
Com a ampliação da fábrica, projeto orçado em cerca de US$ 2,5 bilhões, a nova linha poderá produzir até 1,75 milhão de toneladas anuais, consolidando Três Lagoas como a maior unidade da empresa. Hoje, a Fibria pode produzir 5,3 milhões de toneladas por ano de celulose em todas as suas fábricas. "O que nos faria não levar a proposta ao conselho ou o conselho a não aprová-la: outra oportunidade [como a consolidação], o que não depende só da gente, ou uma hecatombe econômica", disse ao Valor o presidente da Fibria, Marcelo Castelli. "Estamos preparados para a consolidação, desde que gere valor.", acrescentou.
Desde que a direção da Fibria reforçou o discurso em favor da maior disciplina na oferta adicional de celulose, surgiram rumores e possíveis desenhos de "novas" companhias, resultantes de combinações que envolveriam ativos de, sobretudo três nomes: Fibria, Suzano e Eldorado Brasil. Mas nenhuma operação foi anunciada.