
No tabuleiro político sul-mato-grossense, Reinaldo Azambuja finalmente marcou a data de sua filiação ao PL. O ex-governador, prestes a se filiar e assumir o comando do Partido Liberal em Mato Grosso do Sul, avançará já com base política robusta. De uma só vez, levará 18 prefeitos atualmente no PSDB.
O pacote de adesões projeta, de imediato, a vice-liderança do PL com 23 prefeituras. São apenas duas a menos que o seu antigo partido, o PSDB. Isso reorganiza a correlação de forças na base municipal, muito importantes para a escolha do próximo governador.
O evento de filiação foi remarcado para 21 de setembro de 2025, comunicado pelo Diretório Nacional do PL, assinado por Valdemar Costa Neto. Ele atribui a mudança “ao julgamento do processo do ex-presidente Jair Bolsonaro”. No entorno da cerimônia foram citadas as lideranças o governadores de SP, Tarcísio de Freitas, e de Santa Cararina, Jorginho Mello. Também estavam citados os senadores Rogério Marinho e Flávio Bolsonaro, além de Michelle Bolsonaro, sinalizando o peso político atribuído ao ato.
A lista dos novos filiados municipais que acompanharão Azambuja inclui: Marcos Calderan (Maracaju), Henrique Ezoe (Rio Negro), Thalles Tomazelli (Itaquiraí), Juliano Ferro (Ivinhema), Josmail Rodrigues (Bonito), Rosária de Fátima (Mundo Novo), Guga (Jardim), Cido (Anastácio), Neco Pagliosa (Caracol) e Guga (Novo Horizonte do Sul). Também ingressarão Weliton Guimarães (Alcinópolis), Wagner Ponsiano (Fátima do Sul), Cláudio Ferreira (Jaraguari), Ivan Xixi (Paraíso), Arino Jorge (Rochedo), Erlon Fernando (Sete Quedas), Rogério Torqueti (Tacuru) e Clovis do Banco (Taquarussu).
Impacto da Filiação de Azambuja no PL
Esses prefeitos se somam aos cinco já eleitos pelo PL: Rodrigo Sacuno (Naviraí), Murilo Jorge (Pedro Gomes), Rodrigo Basso (Sidrolândia), Maria Lourdes (Caarapó) e Dr. Max (Guia Lopes). Com o reforço de 18 gestores municipais, deve ser formada a segunda maior bancada de prefeitos do Estado. Esse movimento impacta diretórios locais, alianças legislativas e arranjos para 2026.
O gesto de Azambuja responde a uma sequência de sinais políticos e era aguardado por quadros que veem no PL a plataforma para reorganizar palanques regionais. Além de consolidar capilaridade municipal, a mudança pressiona adversários e reacomoda o PSDB. Segundo se avalia, o PSDB poderá ver outras migrações rumo ao PP. A filiação, portanto, não é evento isolado: é a peça que conecta comando partidário estadual, prefeituras e a estratégia de ampliar competitividade.
Reorganização Política e Estratégias Futuras
Ao centralizar o comando do PL-MS com uma rede de 18 prefeituras, Azambuja transforma a cerimônia de 21 de setembro em marco organizativo. A mensagem é simples e eloquente: base municipal primeiro, direção estadual em seguida, e alinhamento com lideranças nacionais como pano de fundo. Trata-se do momento esperado — a formalização de uma engenharia política construída para produzir maioria no mapa das prefeituras. Assim, darão ao PL a dianteira no jogo local.