Cinco meses de pesquisas e observação foi a duração do experimento de soja e milho realizado na fazenda Mascote, em Paranaíba, onde também será apresentado os resultados do estudo no próximo sábado, dia 22. O dia de campo, organizado pelo Sindicato Rural de Paranaíba, vai reunir produtores rurais de Paranaíba e região.
Maracaju
Mesmo com pouca chuva, experimento de soja deve apresentar bons resultados Linha
Dia de campo será realizado neste sábado, depois de cinco meses de projeto em Paranaíba
O experimento, queestá na fase final, teve início no mês de outubro de 2013, desenvolvido pela Fundação Chapadão em parceria com aAprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul).Cerca de vinte e cinco variedades de soja e quatro tipos de milho com brachiara foram avaliadas neste período, sendo ao todo, cinco hectares plantadas.
Entre as dificuldades encontradas, de acordo o vice-presidente do Sindicato Rural, Fabio de Carvalho Macedo, a escassez de chuva foi o único fator que influenciou no experimento. “Por incrível que pareça esse foi o pior janeiro para chuva em Paranaíba nos últimos dez anos”, afirmou.
Segundo Fabio, apesar da falta de chuva ser um fator negativo para o cultivo de grãos, mesmo assim o experimento deve colher bons resultados. “Há males que vem para o bem, afinal, se em um período crítico pela falta de chuva, os grãos se desenvolveram bem aqui em Paranaíba, imagina em melhores condições”, avaliou.
Quanto ao aparecimento de pragas, segundo Fabio, não houve registro da Helicoverpa armigerano experimentode soja em Paranaíba, porém houve a ocorrência da falsa Medideira. “Foi uma ocorrência baixa e não trouxe dano ao plantio”, afirmou o vice-presidente.
No dia de campo serão divulgados os resultados obtidos com o monitoramento do desenvolvimento dos grãos, além de orientação para as técnicas ideiais para cultivo de soja e milho na região. A programação terá início às 8 horas, com período para inscrições e um café da manhã.
No encontro estarão presentes a secretária de Produção do Estado, Tereza Cristina Corrêa da Costa, o presidente da Famasul, Eduardo Corrêa Ridel, e autoridades locais.
Segundo Fabio, a intenção do estudo é comprovar a viabilidade do cultivo de grãos em Paranaíba, estimulando assim a diversificação da atividade rural do município, que hoje se concentra na pecuária tradicional. “Essa é a nossa função, dar opção ao produtor rural, e a opção de grãos está de volta”, destacou. Dentre os benefícios do plantio de grãos é o tempo de cultivo, quatro meses, além da reforma de pastagem proporcionada. “Há o risco como em qualquer outra atividade, mas também há o aumento da rentabilidade”, ressaltou.