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Mesmo proibido pela Caixa, lotéricas oferecem bolão

Órgão tem apenas 242 consultores para fiscalizar mais de 10 mil casas

A Caixa Econômica Federal, que administra os jogos de loteria, informou que não reconhece os bolões feitos nas casas lotéricas e que fiscaliza e pune a prática. Apesar da proibição, as lotéricas oferecem essa modalidade de aposta. Em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, o bolão virou caso de polícia. Os apostadores dizem que ganharam a Mega-Sena do último sábado, mas não receberam o prêmio porque o bilhete não foi registrado.

A Caixa disse ainda que, se as casas lotéricas forem flagradas oferecendo esse tipo de aposta, estarão sujeitas a penalidades que variam de advertências ao descredenciamento. O órgão conta com apenas 242 consultores para fiscalizar mais de 10 mil casas credenciadas no País.

O único documento que habilita o recebimento de prêmio, segundo a Caixa, é o comprovante emitido pelo terminal de apostas das casas lotéricas, que não registra na impressão o nome do apostador.

A lotérica na cidade gaúcha está com suas atividades suspensas pela Caixa até apresentar sua defesa. O advogado Marcelo De La Torre Dias, representante da Esquina da Sorte, promete exibir à polícia e à Caixa os comprovantes de que a aposta foi feita. Segundo sua assessoria, ele sustenta que houve "lastimável erro" sem qualquer intenção criminosa, cometido por algum funcionário ou pela gráfica.

Dias explica que 35 das 40 cotas do bolão foram comercializadas. Uma das outras cinco foi adquirida por uma funcionária e as outras quatro ficaram com o proprietário da lotérica. Isso, para o advogado, é prova de que ninguém agiu de má-fé, já que o dono do estabelecimento também estaria milionário.