Policiais confiantes na criação do piso nacional

A aprovação da Câmara de Deputados para a fixação do piso nacional provisório para policiais civis e militares deu uma injeção de animo aos policiais de Três Lagoas e região. De acordo com Paulo Freitas de Queiroz, diretor local da Associação de Cabos e Soldados, 14 policiais de Três Lagoas e região participaram da mobilização realizada em Brasília.
Os policiais partiram na terça-feira (2), em um ônibus fretado em parceria com policiais de Andradina (SP) e região. Ao todo, foram 30 policiais para participar do 1º dia de manifesto. “Retornamos no dia seguinte, mas um ônibus de Campo Grande permaneceu em Brasília”.
Conforme o sindicalista, a manifestação contou com a presença de policiais de todo o Brasil. Ao todo, foram três mil representantes em Brasília para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui um piso salarial para policiais civis e militares de R$ 3,5 mil e de R$ 7 mil para oficiais da PM. “A nossa luta é acabar com a discrepância salarial de um estado para o outro. Sabemos de estados que o salário não chega a R$ 1 mil. Já em outros, como Brasília, passa de R$ 4 mil”.
Queiroz explicou que, por enquanto, também está descartada a possibilidade de paralisação ou qualquer tipo de protesto em Três Lagoas. “Ao menos a última determinação que tive da diretoria Estadual da Associação não indicava qualquer tipo de manifestação. Estamos bastante condiantes desta vez”, explicou.
A PEC foi aprovada por 393 votos favoráveis e duas abstenções. Cerca de 120 policiais militares acompanharam a sessão nas galerias da Câmara – o que causou descontentamento entre os parlamentares. Deputados como, Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo registraram a intimidação causada pelos manifestantes.
Os deputados não souberam informar o impacto que o piso provocará nos orçamentos, devido à diferença nas tabelas salariais. Em Mato Grosso do Sul, o piso salarial de um policial militar é de R$ 1,7 mil. Queiroz explicou que o salário é superior ao de muitos estados, mas reforçou que “está defasado”.