Teve início nesta semana o “Mutirão da Telefonia” em Três Lagoas. A ação, alusiva ao Dia do Consumidor – celebrado no dia 15 de março – faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre as empresas de telefonia que atuam na cidade e o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Três Lagoas (Procon/TL).
De acordo com o programa, participam do mutirão, que segue até o dia 30 deste mês, as empresas Vivo, Tim, Oi e Claro. O objetivo é através da ação, prestar atendimento para as reclamações do consumidores com o objetivo de viabilizar melhorias nos serviços prestados.
O Mutirão da Telefonia é resultado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul no ano passado. Ao todo, foram sete meses de trabalho para detectar os problemas apresentados pelo serviço em todo o Estado.
Atualmente, o serviço de telefonia móvel está entre as principais queixas dos consumidores três-lagoenses. Somente no ano passado, o Procon de Três Lagoas registrou 3.180 atendimentos. O número, embora tenha apresentado uma queda em comparação ao ano anterior – em 2013 foram mais de quatro mil reclamações apresentadas – ainda corresponde a um índice de 8,7 novas queixas ao dia. Ao lado da telefonia fixa e móvel, as empresas prestadoras de serviço quanto a canais de TV por assinatura e internet são as mais reclamadas. Em 1.870 dos casos, foram realizadas audiências de conciliação, das quais 73,36% resultaram em acordo entre as partes.
Os problemas mais recorrentes são cobranças indevidas, serviço não fornecido, rescisão e alteração de contrato, serviços não concluídos.
Ainda segundo o Procon, a ação das empresas pretende atingir a todos os municípios de Mato Grosso do Sul onde possuem coberturas das operadoras.
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MUTIRÃO
Nesses quinze dias, as empresas vão percorrer todos os municípios e disponibilizarão estrutura física e pessoal, em suas lojas próprias ou em outros pontos de atendimento, para o encaminhamento de reclamações de consumidores.
Durante o Mutirão, o consumidor também deverá ser informado sobre as ‘zonas de sombra’ da empresa, locais em que o sinal é ruim ou inexistente no município. De acordo com o órgão, as informações sobre a qualidade do sinal da operadora deverão ser apresentadas de forma clara e objetiva. “Assim, se o consumidor desejar contratar o serviço de telefonia móvel de determinada operadora, poderá primeiro ser informado se a área de cobertura de sinal fornecido pela operadora é satisfatória”, disse o Procon em nota à imprensa.
O Procon reforma que em todos os casos, mesmo quando o atendimento for por telefone, o consumidor deve dizer que quer ser atendido pelo Mutirão de Atendimento da Telefonia Móvel para que seja encaminhado à uma pessoa designada para o atendimento diferenciado.
CPI
Os trabalhos da CPI tiveram a participação da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. Nos sete meses de investigações, foi apurado que as operadoras chegaram a arrecadar mais de R$ 8 bilhões no ano passado, mas apenas R$ 10 milhões foram revertidos em investimentos para o Estado.
