O São Paulo enfrenta nesta quarta-feira, às 19h30, o Universitario, no Peru, pelas oitavas de final da Libertadores. A etapa de mata-matas da competição testará o armistício formado em torno do treinador Ricardo Gomes.
O técnico foi alvo de uma série de contestações, que partiram de jogadores, de forma verbal, da torcida, e até mesmo do presidente do clube, Juvenal Juvêncio, por ações. Porém, agora, os críticos silenciaram.
Cicinho, a mais badalada contratação da equipe tricolor, se tornara reserva de Jean. Depois de reclamar publicamente, ser repreendido por isso pelo treinador e por membros da diretoria, como Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, o lateral-direito retomou a condição de titular na Libertadores, contra o Monterrey.
Mais recentemente, foi a vez de Washington criticar, publicamente, o treinador por ter amargado a reserva nas semifinais do Estadual. O atacante foi censurado pelos colegas e punido financeiramente pela diretoria, que o multou em 20% de seus vencimentos mensais.
Richarlyson, que ganhou espaço com Gomes, e o capitão Rogério Ceni correram em socorro ao técnico e defenderam as decisões do comandante.
Desta vez, o técnico adotou tática diferente e afirmou não tolerar indisciplina dos atletas.
Disparou que Washington tem que se acostumar a ficar na reserva e que "talvez" o episódio fosse bom para evitar repetições "desse tipo de situação".
A torcida não concordou. E contra o Once Caldas, pediu o retorno de Washington e chamou o treinador de "burro".
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Gomes confirmou a escalação entre os titulares do atacante, que no embarque para o Peru não se manifestou sobre o assunto.
"No futebol sempre acontecem coisas diferentes. Mesmo com toda nossa experiência, não esperamos. Tudo é válido. Coisas que não podem se repetir e agora estou renovado, pronto para ajudar meus companheiros", disse Washington.
Já no episódio envolvendo o meia Oscar foi o presidente do clube que desautorizou Gomes.
O técnico afirmara que "não daria atenção" ao jogador durante os treinos. Porém Juvêncio instruiu que o atleta fosse tratado como qualquer outro jogador do elenco são-paulino por técnico e diretoria. E insistiu para que Oscar inclusive fosse inscrito na Libertadores.
O confronto com o Universitario envolve duas efemérides para o elenco são-paulino. Será a partida de número 900 de Rogério Ceni e a 200ª de Hernanes. "As outras 899 foram partidas duras e importantes também", argumentou Rogério.
UNIVERSITARIO
Luis Llontop; Carlos Galván, Néstor Duarte, Jesús Rabanal e Renzo Revoredo; Antonio González, Reiner Torres, Johan Vásquez e Rodolfo Espinoza; Piero Alva e Carlos Orejuela Técnico: Juan Reynoso
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Cicinho, Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Rodrigo Souto, Hernanes, Jorge Wagner e Marlos; Dagoberto e Washington
Técnico: Ricardo Gomes
Local: estádio Monumental, em Lima
Horário: 19h30 (de Brasília)
Juiz: Saúl Laverni (Argentina)
