O mercado de compra e venda de terras agrícolas está parado. A interrupção dos negócios é registrada desde o começo do ano seja em Ribeirão Preto e região, como em outros municípios de estados em que a agricultura predomina.
O principal motivo da situação é a reforma do Código Florestal, que impõe novas condições para os agricultores. “Ninguém compra terra agrícola hoje devido à instabilidade”, afirma Atílio Benedini Netto, corretor especializado em negócios rurais.
“Essa paralisação também ocorre pela insegurança jurídica”, emenda José Augusto Baldassari Filho, coordenador do Meio Ambiente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e conselheiro da cooperativa agrícola Carol, com sede em Orlândia.
“Os produtores rurais estão sem saber o que fazer e, com isso, a melhor alternativa encontrada por eles é não fechar negócios e aguardar os acontecimentos”, diz.
“Há muitas dúvidas a serem resolvidas pela nova legislação, mas enquanto ela não entra em vigor tudo fica bem mais caro, e isso travou os negócios no campo”, comenta Benedini Netto.
Uma das explicações para o encarecimento está relacionada às chamadas reservas florestais. Está definido que 20% do total da propriedade serão equivalentes às reservas, e há a proposta de que as Áreas de Preservação Permanente (APPs) poderão ter o tamanho de suas áreas preservadas em outras bacias hidrográficas.