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Suspeita é levada ao SIG por ofensas contra delegada de Dourados nas redes sociais

De acordo com as investigações, a jovem teria participado de interações que continham expressões depreciativas usadas para atacar a autoridade policial.  (Reprodução Folha de Dourados)
De acordo com as investigações, a jovem teria participado de interações que continham expressões depreciativas usadas para atacar a autoridade policial. (Reprodução Folha de Dourados)

Uma jovem moradora do bairro Canaã III, foi conduzida nesta terça-feira (7) à sede do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil de Dourados. A moça de 18 anos, é suspeita de ter feito comentários ofensivos contra a delegada Thays Bessa, em publicações nas redes sociais.

De acordo com as investigações, a jovem teria participado de interações que continham expressões depreciativas, que foram usadas para atacar a autoridade policial. A partir da análise das postagens e curtidas, a equipe comandada pelo delegado Lucas Albe Veppo conseguiu identificar a suspeita.

Um inquérito policial foi instaurado para apurar o caso. Se confirmada a autoria, a jovem poderá ser indiciada por crime contra a honra, com base na legislação penal. Outros usuários que teriam participado das ofensas também estão sendo investigados.

“Será verificado o contexto geral sobre os comentários que ela fez e de outras pessoas ou até mesmo se a conta dela, eventualmente, pode ter sido acessada por outra pessoa”.

Entenda o caso

Na última quinta-feira (2), durante uma live transmitida pela página Folha de Dourados, a delegada Thays Bessa comentava detalhes de uma investigação de homicídio e no meio da transmissão foram sendo postados comentários com teor ofensivo e preconceituoso, atacando sua aparência e condição profissional.

As mensagens viralizaram e provocaram indignação de diversas entidades e autoridades locais. Diante dos ataques, Thays Bessa registrou boletim de ocorrência, e o caso é investigado como crime de racismo e misoginia.

Um dos comentários chegou a afirmar que a delegada “parecia uma empregada doméstica” e merecia ser tratada “como um cachorro”. A Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul (Adepol-MS) classificou o ataque como injúria racial e anunciou a abertura de ações cíveis e criminais contra os autores das mensagens.