Veículos de Comunicação

Oportunidade

Tempo de recomposição após apagão deveria ter sido menor, diz setor elétrico

É muito difícil que um novo apagão aconteça no país, mas ocorrências similares podem colocar em risco o sistema elétrico brasileiro

As mais de quatro horas que levaram para que a energia elétrica fosse restabelecida após o apagão do último dia 10 deixaram o setor elétrico brasileiro incomodado. Apesar de o tempo estar dentro do padrão internacionalmente aceitável, uma das metas do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) é encurtar essa resposta do sistema.

"Não ficamos confortáveis e satisfeitos com o tempo de recomposição", disse Hermes Chipp, diretor-geral do ONS. Além do tempo de recomposição, trabalhar com a prevenção de novos incidentes e reduzir o efeito dominó de um apagão são metas fundamentais do setor após o apagão, segundo Chipp.

É muito difícil que um novo apagão aconteça no país, mas ocorrências similares podem colocar em risco o sistema elétrico brasileiro, como ocorreu em 1999 e 2001, afirmou Chipp, que participa hoje de uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Além de Chipp, Nelson Hubner, diretor-geral da Aneel, também participa da audiência. Ambos sustentam a hipótese do mau tempo como causa do apagão, que deixou 18 Estados às escuras, e descartam qualquer outra interferência no sistema.

Para Hubner, há duas possibilidades. A primeira é que descargas elétricas tenham provocado o curto-circuito quase simultâneo de três linhas de transmissão. A outra é que a forte concentração de chuva tenha comprometido a infraestrutura do sistema. O relatório definitivo sobre as causas do apagão ainda está sendo elaborado.