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Três-lagoenses iniciam abril pagando mais caro pelo combustível

Etanol teve aumento de 5% no mês passado, enquanto que na gasolina, reajuste foi de 1,5%

Litro da gasolina passou a custar, em média, R$ 3,352 na bomba -
Litro da gasolina passou a custar, em média, R$ 3,352 na bomba -

O motorista três-lagoense foi pego de surpresa com o aumento no preço do neste começo de mês. O novo reajuste aconteceu de forma gradativa no decorrer de março, porém atingiu percentual considerável. No caso do etanol, o reajuste na bomba foi o maior, de 5%. Já a gasolina, subiu 1,5% o litro na bomba.

Conforme o levantamento de preços feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), acessada no dia 1º deste mês, na primeira semana de março, o preço médio do etanol na bomba era de R$ 2,453 (R$ 2,220, no posto de combustível mais barato, e R$ 2,600, no mais caro). Já na segunda semana, o valor médio do litro passou para R$ 2,511, atingindo o preço médio de R$ 2,577 na última semana do mês, o equivalente a R$ 0,124 a mais a cada litro. Atualmente, o combustível custa R$ 2,220 no posto com melhor preço ao consumidor e pode chegar a até R$ 2,690, no mais caro. 
 
No começo dessa semana, o governo federal chegou a anunciar que não autorizará nenhum reajuste da gasolina até as eleições de outubro. A preocupação é que o novo reajuste prejudique a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. O possível aumento, já apontado por especialistas da área, deve-se a inflação, que, disparada, está a ponto de estourar o teto da meta, de 6,5% às vésperas da eleição. A ordem de ‘segurar’ o preço da gasolina seria válido mesmo que isso significasse sacrificar ainda mais o caixa da Petrobras, em crise. 
 
No entanto, não foi o que se viu em muitas cidades brasileiras. Antes de o governo ‘bater o martelo’, em muitos municípios os donos de postos se anteciparam e reajustaram os valores. Em cidades como Brasília (DF), a gasolina foi reajustada em 3,20%, o que gerou protesto por parte dos consumidores. 
 
Em Três Lagoas, a gasolina teve, em março, um reajuste de 1,5%. Até a última semana de março, data da última pesquisa realizada pela ANP, o preço médio do combustível havia saltado para R$ 3,352 –R$ 0,05 a mais quando comparada com a primeira semana do mesmo mês, quando o combustível estava em um valor médio de R$ 3,301 o litro na bomba, sendo R$ 2,999 no posto com o combustível mais em conta e R$ 3,457 no mais caro. Já na semana passada, o preço mínimo permaneceu o mesmo, mas o mais alto saltou para R$ 3,495.
 
No entanto, o levantamento de preços, realizado entre os dias 23 e 29 de março, apontam que a maioria dos postos da cidade tem trabalhado com preços acima dos R$ 3,379. Dos 14 estabelecimentos pesquisados pela ANP, apenas um apontou preço de R$ 2,999 o litro. Em outros dois com valores mais em conta, o litro da gasolina custa R$ 3,049 e R$ 3,289. 
 
Os nove restantes apresentaram valores acima dos R$ 3,39, sendo quatro deles preço superior à R$ 3,45, em média.
O diesel manteve-se estável: preço médio de R$ 2,74 nas últimas quatro semanas, sendo R$ 2,499 o valor mínimo e R$ 2,799, o máximo. 
INVESTIGAÇÃO
Nesta semana, o juiz da 24ª Vara Civil da Justiça Federal em São Paulo, Victorio Giuzio Neto, concedeu prazo de cinco dias para que a Petrobras explicasse os reajustes no combustível, no ano passado. A citação é baseada na ação cautelar movida pelo deputado estadual Fernando Capez (PSDB-SP), na semana passada. A empresa informou que ainda não foi notificada da ação e, por isso, não irá se pronunciar.