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Três Lagoas

ALL irá recuperar área degradada por óleo

Até que os dois projetos sejam apresentados, bomba de combustível deve permanecer lacrada

Até que os dois projetos sejam apresentados, bomba de combustível deve permanecer lacrada -
Até que os dois projetos sejam apresentados, bomba de combustível deve permanecer lacrada -

A empresa de transporte ferroviário América Latina Logística (ALL) informou que inicia nesta semana o trabalho de recuperação da área degradada com o derramamento de óleo diesel, na ferroviária de Três Lagoas.

O crime ambiental foi constatado no dia 25 de junho, quando a Polícia Militar Ambiental (PMA) esteve no local para apurar uma denúncia encaminhada pelo Sindicato dos Ferroviários de Bauru ao Ministério Público Estadual (MPE) local.
Conforme a ALL, assim que informada sobre a notificação da PMA, a empresa deu início às obras de adequação, “que incluem a remoção do solo e pedra brita contaminada”, informou em nota encaminhada à imprensa.

Ainda segundo informações da empresa, o processo de readequação ambiental deverá ser concluído até a próxima semana. Já em relação à falta de licenciamento ambiental para o funcionamento do ponto de abastecimento, a ALL informou que o processo de licenciamento teve início em 2002, ainda pela empresa Novoeste, e foi retomado há três anos (2006), quando a ALL assumiu a concessão. “A empresa está cumprindo o cronograma apresentado ao IBAMA [Instituto Brasileiro de Meio Ambiente]

para adequação de toda a malha”, respondeu. A previsão da empresa é que o processo de analise de risco, planos de gerenciamento ambiental e diagnóstico do meio físico, natural e antrópico deve ser concluído até dezembro deste ano.

Se cumprida, a correção da degradação ambiental permitirá à ALL ter um abatimento de quase 90% no valor da multa aplicada pelos militares ambientais: R$ 500 mil, ao todo.

De acordo com a PMA, a multa teve de ser aplicada por conta do grande derramamento de óleo diesel no solo, provocado, a princípio, pelo abastecimento das locomotivas que percorrem o trecho Bauru (SP) à Campo Grande. Na época, os policiais ambientais identificaram uma área degradada que pode chegar até a 50 metros de extensão, aproximadamente – a profundidade da penetração do óleo deverá ser indicada por meio dos estudos a serem realizados pela ALL. 

Enquanto os dois projetos não são concluídos, o tanque de abastecimento – com capacidade para 43 mil litros de óleo diesel – permanece lacrado. Na nota encaminhada, a ALL não informou como o abastecimento das locomotivas está sendo feito desde a autuação da PMA.

O promotor de Meio Ambiente e Urbanismo, Antônio Carlos Garcia de Oliveira, informou que irá acompanhar as medidas de perto e caso não sejam cumpridas, o Ministério Público deverá entrar com uma ação civil pública.

SENTENÇA

Já em relação à decisão favorável da Justiça em relação à ação civil pública movida pelo MPE, a ALL voltou a informar que não foi oficializada sobre a ação e nem foi intimada sobre a decisão.

Mesmo assim, a empresa informou que a abertura de passagem de nível depende da avaliação prévia e autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

No que tange à sinalização, a empresa informa que, conforme o Regulamento dos Transportes Ferroviários, “O responsável pela execução da via mais recente assumirá todos os encargos decorrentes da construção e manutenção das obras e instalações necessárias ao cruzamento, bem como pela segurança da circulação no local”. Em nota, a ALL se colocou à disposição da Prefeitura.