Três pessoas morreram vítimas de afogamento neste feriado prolongado. Os casos foram registrados nos dois rios que passam por Três Lagoas, Sucuriú e Paraná, ambos frequentados por banhistas e visitantes nos fins de semana e feriados.
Três Lagoas
Bombeiros registram três afogamentos no feriado
Em um dos casos, o barco tombou com a força do vento e lançou três pessoas na água
Conforme informações do Corpo de Bombeiros, o primeiro caso foi registrado por volta das 18h do domingo. Um grupo de amigos estava na ponte sobre o rio Sucuriú quando um deles, identificado Renato Muniz da Silva, 31 anos, saltou e não emergiu. Um dos amigos que estava com a vítima chegou a tentar socorrê-la, mas não obteve êxito. Esse amigo foi retirado da água por pescadores que passavam pelo local no momento do acidente. Em seguida, os bombeiros foram chamados para tentar encontrar Renato, mas por conta do mau tempo, tiveram de suspender as buscas e retornar no dia seguinte. O corpo do banhista foi localizado pelos mergulhadores por volta das 12h do dia 24.
Já o segundo acidente ocorreu no rio Paraná, no dia de Natal. Por volta das 15h, o Corpo de Bombeiros recebeu um chamado indicando que um barco ocupado por três pessoas teria tombado nas proximidades do bairro Jupiá e que duas pessoas estavam desaparecidas.
O primeiro corpo, de Marcelo Lima Padovan, 26 anos, foi encontrado no mesmo dia. Já a segunda vítima, Sérgio Antônio de Lima, 50 anos, foi encontrada na manhã do dia seguinte, por um pescador que transitava pelo rio de barco. O corpo estava a 300 metros do local do acidente e foi retirado da água pelos bombeiros.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as causas do acidente ainda serão investigadas, mas, a princípio, a hipótese de que o tombamento tenha sido causado por fortes ventos devido ao mau tempo não está descartada. Testemunhas informaram que ventava muito e a embarcação não conseguiu chegar à margem.
RISCOS
O aumento no número de casos de afogamento é bastante comum nesta época do ano. Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros José Carlos Eduardo, o período de férias e o calor típico de Três Lagoas tornam os rios da região uma boa opção para moradores e turistas. Entretanto, ele e o sargento Reinaldo Cândido, que participou do resgate da terceira vítima de afogamento, alertam para os cuidados que devem ser tomados pelos banhistas.
Uma das primeiras medidas é nunca pular de cabeça em um rio desconhecido. Segundo Cândido, os rios de Três Lagoas eram, antes, áreas de pastagem de gado, com grande quantidade de cercas, pedaços de madeira e árvores do fundo. Além disso, pular de uma ponte também não é indicado, independentemente da experiência do banhista.
“Pelo que nos informaram, esse rapaz saltou do meio da ponte, entre a 4ª e a 5ª coluna. Esse ponto tem uma altura de sete metros. Com uma altura dessas, o corpo ganha velocidade e a água torna-se um chão de concreto. Nós não sabemos as causas da morte, mas nesses casos, pode ser que o impacto na água mate o banhista. Além disto, estamos falando de uma região em que o rio atinge 18 metros de profundidade”, alertou Cândido.
Os sargentos lembram a importância do uso do colete salva-vidas dentro das embarcações. “Pode saber nadar, mas, entrou no barco, tem que colocar o colete. Muitas vezes a pessoa sabe nadar, porém não tem preparo físico para aguentar a correnteza de um rio. É esse equipamento que irá garantir que a pessoa afunde não caso haja queda ou tombamento da embarcação”, declarou.
Outras medidas essenciais para a segurança do banhista incluem não consumir bebidas alcoólicas antes de entrar na água, esperar uma hora aproximadamente após as refeições e, nunca, deixar crianças sozinhas nas margens de um rio.