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Três Lagoas

Caramujos proliferam e preocupam população

Período de chuvas é propício para reprodução. Em vários bairros já existe infestação dos moluscos

Há quatro anos Alice sofre com os caramujos que infestam sua casa -
Há quatro anos Alice sofre com os caramujos que infestam sua casa -

O Vila Nova é um dos bairros onde é registrada a maior incidência e proliferação dos caramujos africanos (Achatina Fulica). As chuvas são fortes aliadas para o aumento do número de moluscos pela Cidade. Além do Vila Nova; Paranapungá, Jardim das Acácias, Alvorada e JK sofrem com a invasão dos moluscos nos quintais das residências.

Boa parte da população desconhece os métodos de combate e muitos recorrem ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para receber informações de como proceder. Segundo o médico veterinário do CCZ, Maércio Gregório de Freitas, o verão é um forte aliado, principalmente em casas que possuem jardins. “Quando há grama, mato e plantações, o local se torna um abrigo. O molusco vive em terrenos abandonados e se camufla entre folhas, madeira, tronco de árvore e até com o solo. Eles se alimentam da folhagem e o local é ótimo para que se reproduzam”, comentou.

O veterinário explica que o problema começou entre 2001 e 2002, próximo ao Centro de Formação Profissional “José Paulo Rímoli”, do Senai. “Temos informação de que um morador daquela região criava caramujos para a comercialização. A intenção era vender para consumo, mas os moluscos fugiram e ocasionaram todo esse problema. O caramujo africano alcança a maturidade sexual entre 4-5 meses e pode fazer até quatro posturas por ano. Coloca de 180 a 600 ovos por postura”, informou.

Questionado sobre a possibilidade de consumo, Maércio explicou que o molusco é suscetível a doenças. “Ele é altamente vulnerável a doenças. Não deve ser consumido, pois transmite meningite e verminose (Angiostrongylus)”, alertou.

O caramujo africano não possui predadores naturais e por isso a facilidade de infestação. Ele produz uma secreção que transmite uma grave doença que ataca o intestino de pessoas e animais. A dor é parecida com a apendicite – dor abdominal, febre prolongada, náuseas, vômitos, diarréia e dor de cabeça.

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