O gosto pela leitura deve começar desde pequeno. A 5ª Feira do Livro em Três Lagoas pode ser considerada uma das possibilidades de acesso a um mundo único, diferenciado e repleto de fantasias e realidades. A leitura como prazer em saber e conhecer.
A tarde de quarta-feira (7), foi uma daquelas em que não se esquece, e se pode remeter a um certo orgulho, aquele que não tem preço e não é material, o conhecimento que fica e é retido apenas na memória. Crianças da Rede Municipal de Ensino puderam conferir uma tarde de contação de histórias, prática comum na região sul do país, mas pouco utilizada em Três Lagoas.
Bia Andrade, é contadora de histórias há 8 anos, e há quase seis meses é moradora em Três Lagoas. Este foi o primeiro evento na Cidade que Bia participou. Segundo ela, a profissão surgiu depois que a amiga da filha disse que ela tinha voz de quem contava histórias.
“A amiga da minha filha disse que gostava da minha voz, que era bonita. Foi então que, como voluntária passei a contar histórias em hospitais de Curitiba. Depois me mudei para São Paulo, e aos poucos fui recebendo convites para contar historias em festas”.
A artista plástica explica que os contos são de autoria própria. “Com o tempo passei as escrever minhas próprias histórias. Até me arrisquei em contos para adultos e vou publicar um livro”.
Para a professora da Escola Municipal General Nelson Custódio de Oliveira, Adriana Alves Napoleão, a feira do livro agrega valor ao que é passado em sala de aula. “É mais uma forma de incentivar a leitura. É a base que deve ser levada em consideração. Nas minhas aulas tenho o baú de leitura , uma vez por semana dedicamos uma hora para as histórias. Tem alunos que trazem o livro de casa, outros pegam no baú. O importante é a integração e o gosto pela leitura que deve começar desde cedo”, destacou.
O aluno da 4ª série, Vinicius Simonete de Souza, 9 anos, disse que adorou conhecer a feira e principalmente ouvir a história do Menino Mago do Agreste. “A minha mãe sempre lê algumas historinhas para mim. Mas ela conta as do livro, essa do menino mago eu nunca tinha escutado”, relatou.
Jéssica Camila de Oliveira disse não ter a mesma sorte do colega de classe. “Minha mãe não conta tantas histórias pra mim. Mas adorei vir aqui. Os livros são bonitos e as histórias parecem interessantes”.