Com um animado café da manhã, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Trabalho comemorou o Dia Internacional da Mulher, nas quadras da Lagoa Maior.
A festa foi preparada para recepcionar 500 mulheres que fazem parte dos projetos da secretaria, entre as funcionárias, assistentes sociais, psicólogas e também as mulheres assistidas, principalmente as integrantes dos programas para a melhor idade.
As participantes fizeram alongamento, dançaram, aferiram pressão e se serviram do lanche, além de terem recebido uma camiseta com a campanha "Toda Mulher Tem Direito a Uma Vida Sem Violência".
Neste sentido, o advogado Marcos Vieira, assessor jurídico de Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), falou às convidadas sobre o atendimento na proteção à mulher que é vítima de violência. Foram distribuídas cartilhas informando quais são os tipos de violência sofridos e como a Lei Maria da Penha pode ser utilizada para mudar o panorama e, de acordo com Vieira, o melhor combate é a informação. Por isso, ele convidou as mulheres e serem multiplicadores que ensinem a outras mulheres a evitar e a denunciar.
A secretária de Assistência, Maria Lúcia Firmino, que lida, diariamente, com a condição feminina, afirmou que a três-lagoense vive um momento diferenciado. "Temos a sorte de ter um grande exemplo, que é a prefeita Simone Tebet. E nossas mulheres, como ela, têm feito a diferença, tanto em suas casas quanto no trabalho e na sociedade. Não deixamos nada a dever na condição de gênero", opinou.
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Luta por justiça
Com apenas um mês e 17 dias, a pequena Jéssica era a mulher mais jovem da comemoração na Lagoa. Durante quase todo o tempo, ela dormia, porém, sua presença, ao lado da mãe Jaqueline e da avó, Donaldina Rosangela de Souza, representava uma bandeira na luta pelo fim da violência contra a mulher e contra a impunidade.
Jéssica é o nome de homenagem à tia da garotinha, Jéssica Aline de Souza, que foi assassinada pelo padrasto, em 4 de outubro de 2008.
"O assassino está solto e, infelizmente, não tenho fé que a Justiça vá puni-lo. Mas tenho fé que Deus é quem fará a justiça", afirmou Donaldina.
Mas a família não desanima em homenagear a memória de Jéssica e de pedir que a lei seja cumprida. "Todo ano, no dia do aniversário dela, em 28 de janeiro, farei a Festa da Estrelinha, para distribuir alegria entre as crianças. No primeiro ano, tinha 300 crianças. Neste ano, tinha 600 e quero aumentar até que toda a cidade participe e se lembre de uma pessoa maravilhosa, que foi a vítima inocente de um homem", declarou a mãe.
