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Três Lagoas

Em nove anos, Leishmaniose matou 34 pessoas

Casos caíram nos últimos anos em Três Lagoas, mas combate à doença continua intenso

Em janeiro 20 agentes de Saúde começam a borrifação -
Em janeiro 20 agentes de Saúde começam a borrifação -

O verão é um período de constante preocupação para a Secretária de Saúde do Município, além da dengue, a leishmaniose é outra doença que causa apreensão.  Embora os índices apontem queda nos casos confirmados e óbitos, o setor tem trabalhado intensamente na questão, é o que diz a diretora em Vigilância da Saúde, Angelina Zuque.

“Não podemos descuidar. Todos os bairros, identificados por meio de armadilhas espalhadas pela Cidade, já recebem atenção especial da Saúde. Com o período de chuvas, essas doenças [dengue e leishmaniose] voltam a ser motivo de preocupação. Vistorias e borrifação são constantes”, explicou.

Vinte novos agentes de saúde passam a ser exclusivos no próximo ano para fazer a borrifação. “A ideia é atuar nas áreas de maior incidência e transmissão. O veneno borrifado dura seis meses, por isso é necessário fazer este trabalho duas vezes ao ano, pois contribui para a redução dos casos. Em janeiro, nova borrifação será realizada. Assim como a dengue, nosso objetivo é evitar que pessoas morram por conta de uma doença que depende apenas da nossa higiene ambiental”.

Angelina enfatiza que os índices apontam redução no número de casos confirmados com relação aos anos anteriores. “Nossa intenção é zerar esse índice. No ano de 2008 foram confirmados 46 casos e este ano, até dezembro, apenas 14, ou seja, uma redução de 32 casos”, frisou.

O número de óbitos permanece estável, em 2008 foram registrados três casos, o mesmo número foi apontado em 2009. Em 2004, o número de óbitos chegou a sete, superando 2002, quando seis pessoas tinham sido vítimas fatais da doença.

Ao longo dos nove anos, (2000-2009), 3.348 pessoas tiveram leishmaniose na Cidade, 34 morreram, ou seja, 10% das pessoas que contraíram a doença.

AÇÕES

No ano passado, a Secretaria de Saúde em parceira com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) distribuiu mais de 12 mil coleiras scalibor para cães, duas mil foram enviadas para Brasilândia.

Angelina explica que não há uma ação específica que garanta o sucesso do trabalho. “Tudo é um conjunto de ações. Borrifação, distribuição de coleiras, operação Cidade Limpa; enfim, sem a contribuição de todos não é possível obter sucesso. De nada adianta borrifar se as pessoas, por exemplo, não aceitarem que o cão está doente. As ações precisam ser conjuntas”, lembrou.

A intenção é que medidas como a distribuição de coleiras continuem acontecendo. “Para dar continuidade precisamos de parceira. Provavelmente, no ano que vem faremos novamente a distribuição de coleiras”.