A apresentação de atestados médicos por parte de funcionários da Prefeitura de Três Lagoas tem gerado transtornos para a administração municipal e aumentado os gastos, segundo informou o assessor de Recursos Humano do município, Hélio Mangialardo. Em quase três meses, 783 funcionários apresentaram atestado médico e se afastaram de suas funções por um período.
Três Lagoas
Em três meses, 783 servidores apresentaram atestado
Nesses casos, a administração municipal faz o remanejamento de algum funcionário
No mês de janeiro desse ano, 148 servidores apresentaram atestado. Destes 10 eram da educação e 138 das demais áreas. Em fevereiro, o número saltou para 328, sendo 166 trabalhadores da educação e 162 das demais áreas. Nesse mês março, até a data de ontem, 307 tinham apresentado atestado médico e se afastado de suas funções. Desses, 132 são servidores da educação e 175 trabalham nas demais áreas do município.
Para Hélio Mangialardo, o número é considerado alto. “Levando em consideração a quantidade de servidores que a prefeitura tem, é alto sim”, comentou. O número de funcionários que apresentaram atestados em menos de três meses desse ano, segundo Hélio, representa cerca de 8% do total de servidores.Atualmente, a Prefeitura de Três Lagoas conta com cerca de 3.800 funcionários, entre efetivos e convocados. O número maior, conforme Mangialardo, é da educação, que tem hoje quase dois mil servidores.
O assessor de Recursos Humanos explicou que, até os 14 primeiros dias que o funcionário está de atestado médico, a prefeitura tem que arcar com as despesas dele, depois desse período,ele passa a receber pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “Então, até 14 dias ele fica recebendo normalmente pela prefeitura”, disse Hélio.
Mangialardo explicou que essa situação provoca aumento nos gastos dos cofres públicos, já que, no caso da educação, a prefeitura tem que convocar novos profissionais para atuar no cargo em que atua o funcionário que apresentou atestado. “Nos 14 dias, a prefeitura acaba tendo que arcar com despesas de dois funcionários, o que está de atestado e o que foi convocado. Nesse período, o secretário de Educação faz o que pode, remaneja funcionário, faz sobrecarga, trabalha dentro da possibilidade e paga adicional”, comentou.
Já em relação as demais áreas do município, o assessor de Recursos Humanos explicou que a prefeitura não pode abrir novas vagas sem a realização de concurso público. Nesses casos, a administração municipal faz o remanejamento de algum funcionário, o que acaba prejudicando e desguarnecendo outro setor.