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Três Lagoas

?Foi uma semana desesperadora?, diz irmão de vítma de terremoto

Associação em São Paulo reuniu grupo que aguardava notícias de parentes do Japão

"Estava sofrendo porque não tinha notícias do meu irmão", conta Nakazawa -
"Estava sofrendo porque não tinha notícias do meu irmão", conta Nakazawa -

O terremoto e o tsunami que devastaram a costa nordeste do Japão, em março de 2011, uniram a colônia japonesa no Brasil em um prédio no bairro da Liberdade, região central de São Paulo conhecida pela decoração e arquitetura que lembram cidades japonesas.

No imóvel de três andares onde funciona a Associação Miyagui Kenjinkai do Brasil, descendentes, filhos e parentes de japoneses ou de brasileiros que moram no país asiático aguardaram juntos, após a tragédia de 11 de março de 2011, por notícias de quem estava lá, em meio à catástrofe que matou mais de 15 mil pessoas e deixou 3.000 desaparecidos.

Um telefone do escritório de Koichi Nakazawa, 68 anos, presidente da associação, era o centro das atenções. Todos esperavam que ele tocasse dando boas notícias. Mas ele demorou a tocar. Sentado no terraço da associação, diante de fotos de familiares, Nakazawa conta, emocionado:

– Logo depois que soubemos da tragédia, muitos associados começaram a me mandar e-mail pedindo notícias de parentes. Eu não sabia de nada. Mandei uma lista para o governo japonês informando nomes de pessoas que moravam em Miyagi. Mas não responderam.