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Três Lagoas

Frigorífico é reativado e realiza o primeiro abate hoje

Unidade estava desativada desde maio do ano passado

Previsão é abater média de 150 a 180 animais diariamente -
Previsão é abater média de 150 a 180 animais diariamente -

O Frigorífico JMJ Alimentos ( antigo Frigotel ), desativado desde maio do ano passado, será reativado e hoje realiza o primeiro abate de 20 cabeças de gado. Segundo o proprietário do frigorífico, José Rosa Marçal, a reabertura do estabelecimento contará com 50 funcionários, os quais já foram contratados. Entretanto, ele disse que, conforme a demanda, a meta é ampliar o quadro para 100 funcionários.

Inicialmente, o empresário informou que vai começar abatendo 20 cabeças de gado por dia, mas a previsão é de 150 a 180 animais diariamente. Marçal disse que não irá trabalhar com desossa, por conta do alto custo. “Vamos reativar com os pés no chão”, frisou.

Uma vez que já existe toda uma estrutura montada, bem como os maquinários, o empresário comentou que acarreta mais prejuízo ficar fechado. “O material parado acaba se deteriorando e o prejuízo é maior”, salientou. Marçal não precisou o valor do investimento para reativar o frigorífico, mas informou que tem um sócio que mora em outra cidade.

A reabertura do estabelecimento, segundo o empresário, é importante para o município, pois, além de contribuir com o pagamento do ICMS, gera empregos. “A importância deste empreendimento já se justifica por esses dois motivos”, acrescentou. Ele também informou que o gado a ser abatido será adquirido junto a pecuaristas de Três Lagoas, bem como de propriedades rurais existentes no município.

Questionado se ainda existe espaço para esse setor em Três Lagoas, haja vista a expansão do eucalipto, Marçal disse que esse ramo de atividade não atrapalha. Já sobre a possível existência de um monopólio dos frigoríficos, o empresário apenas afirmou que “o sol nasceu para todos”.

SINDICATO
Para o presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas, Pascoal Luiz Secco, a reativação do frigorífico, é importante para o setor da pecuária da região, bem como para a geração de empregos. “É mais uma opção de abate de animal para o produtor”, frisou.

Atualmente, Pascoal informou que os pecuaristas vendem seus gados para frigoríficos de outras cidades, como Andradina, Bataguassu, Prudente, Aparecida do Taboado e até para outros estados.

Em relação à quantidade de animais do município que vão para o abate, ele disse que varia muito.Apesar de não precisar os números, o presidente do Sindicato Rural informou que houve uma diminuição grande no rebanho do município, que era de um milhão e cento e cinquenta mil cabeças de gado. Agora, segundo ele, Três Lagoas conta com 700 mil cabeças.

 A diminuição, de acordo com Pascoal, não está atrelada apenas à plantação de eucalipto, mas em detrimento de outros fatores também, como pastagem degradada, insumos altos, o desestímulo dos produtores em investir, além da crise que afeta o mercado, que hoje mantém o preço do produto estabilizado.