
Três Lagoas registra crescimento significativo nos casos de chikungunya neste ano. De acordo com o coordenador do Setor de Endemias, Alcides Ferreira, a expansão da doença acompanha um movimento observado em outras regiões do país, especialmente após a epidemia registrada no Paraguai no fim do ano passado, que avançou para municípios da região sul e agora chega ao Centro-Oeste.
No ano passado, o município confirmou 34 casos de chikungunya. Em 2025, o número subiu para 84 registros, mais que o dobro do período anterior. Embora a situação ainda não seja considerada alarmante, o Setor de Endemias reforça a necessidade de intensificar as ações de prevenção, já que o mosquito Aedes aegypti é o mesmo transmissor da dengue e da chikungunya.
Segundo Alcides, o aumento exige atenção redobrada. Ele explica que o cenário regional mostra avanço da doença e que a prevenção é fundamental. “É o mesmo mosquito que transmite. Então, ao combater o mosquito, você está prevenindo as duas arboviroses”, destacou. O coordenador também reforça que a chikungunya pode deixar sintomas crônicos, como dores persistentes nas articulações, o que torna ainda mais importante o cuidado contínuo.
A orientação das equipes é para que a população elimine possíveis criadouros, mantenha quintais limpos e evite o acúmulo de água parada. Recipientes abandonados, calhas entupidas e lixo acumulado seguem entre os focos mais recorrentes identificados nas vistorias.
Alcides alerta que qualquer sintoma suspeito, como febre alta, dores intensas nas articulações e manchas vermelhas na pele, deve ser comunicado imediatamente à unidade de saúde mais próxima. O objetivo é evitar novos casos e impedir que a doença avance no município.