A celulose foi o produto mais exportado por Mato Grosso do Sul entre janeiro e julho de 2025, respondendo por 31,01% de toda a pauta estadual e registrando crescimento de 53,3% no valor e de 70,23% no volume embarcado. Três Lagoas, polo industrial do setor, se manteve na liderança entre os municípios exportadores, com US$ 1,04 bilhão em vendas externas e 396,7 mil toneladas embarcadas no período.
As exportações sul-mato-grossenses somaram US$ 6,33 bilhões no acumulado dos sete primeiros meses do ano, alta de 3,8% em relação ao mesmo período de 2024, segundo a Carta de Conjuntura do Comércio Exterior de agosto, divulgada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). Em volume, o avanço foi de 21,18%, com superávit comercial de US$ 4,83 bilhões.
A celulose manteve o protagonismo, seguida pela soja em grão, que representou 28,74% da pauta, mas teve queda de 20,8% em valor, e pela carne bovina fresca, que respondeu por 14,6% das exportações e registrou alta de 40% no valor e de 23,5% no volume embarcado. Outros destaques positivos foram o minério de ferro, que cresceu 29,1% em valor e 90,4% em volume.
A China continua como principal destino das exportações, absorvendo 47,68% de tudo o que Mato Grosso do Sul vende ao exterior, o equivalente a US$ 3,02 bilhões no período. Em segundo lugar estão os Estados Unidos, com 5,88% (US$ 372,47 milhões), seguidos por Itália (3,81%), Argentina (3,62%) e Países Baixos (3,51%).
Entre os municípios, Três Lagoas aparece como maior exportadora do Estado, com 16,46% do total, seguida por Ribas do Rio Pardo (9,79%), Dourados (7%), Campo Grande (6,68%) e Corumbá (6,27%). O desempenho de Três Lagoas é impulsionado principalmente pelas fábricas de celulose instaladas no município.
O principal canal de escoamento das mercadorias foi o Porto de Santos, responsável por 40,28% dos embarques, seguido por Paranaguá (31,7%) e São Francisco do Sul (11,32%).