Nesta quinta-feira (22), celebra-se o Dia Nacional do Abraço, uma data dedicada a enaltecer este ato de carinho importante para o controle do sistema nervoso, especialmente em pessoas com quadros de ansiedade ou depressão.
O casal de aposentados Maria Aparecida Calisto e Aparecido Ferreira, juntos há quase duas décadas, revelou o abraço como um segredo para a união duradoura. Para Maria Aparecida, o abraço é “tudo na vida” e faz toda a diferença para começar o dia bem-humorada. Aparecido Ferreira enfatizou que os abraços e beijos diários mantiveram o casal unido ao longo dos anos.
A psicóloga Tatiane Lima explica que o abraço apertado libera o hormônio ocitocina, que atua na redução dos níveis de estresse e ansiedade no corpo. Segundo ela, o abraço possui efeitos positivos tanto para o corpo quanto para a mente.
Pessoas com ansiedade ou em quadros de ansiedade são as que mais sentem os benefícios desse ato, pois o abraço funciona como um “freio emocional”, acalmando a pessoa e desacelerando os batimentos cardíacos. Isso ajuda a pessoa a se estabilizar, sentir a presença do outro e aliviar a sensação de alerta e perigo iminente.
Nos quadros de depressão, o abraço consegue alcançar lugares onde as palavras muitas vezes não chegam. Tatiana ressalta que, em um episódio depressivo, a presença do outro, manifestada através do toque respeitoso, é fundamental para demonstrar apoio.
No entanto, a psicóloga também lembra que nem todos gostam de contato físico. Nesses casos, o acolhimento se transforma em outras ações, como uma escuta sem julgamento, um olhar que sustenta ou uma presença silenciosa.
Lima enfatiza que o mais importante não é apenas o toque, mas o respeito pelo outro e as formas de mostrar que a pessoa não está sozinha.
“Nesse dia do abraço, o mais importante é sermos presença. O abraço, ele acolhe, o abraço se torna um lugar, uma morada, mas nem sempre precisa ser um gesto. Muitas vezes esse gesto, ele acontece também às distâncias”, conclui.