Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Filha pede ajuda para internar pai com transtornos psiquiátricos após acidente de trânsito

Família disse que vive sob medo e tensão diariamente

Mecânico passou a sofrer com problemas psiquiátricos após sofrer grave acidente de moto, em maio deste ano. Foto: Alfredo Neto/RCN67.
Mecânico passou a sofrer com problemas psiquiátricos após sofrer grave acidente de moto, em maio deste ano. Foto: Alfredo Neto/RCN67.

Uma história de dor, medo e exaustão emocional está sendo vivenciada por Elaine Cristina, moradora do bairro Jardim Eldorado, em Três Lagoas (MS). Ela pede ajuda para conseguir a internação do pai, José Carlos dos Santos, de 63 anos, que após sofrer um grave acidente de trânsito passou a apresentar comportamentos agressivos e transtornos psiquiátricos, colocando em risco a segurança da família.

José Carlos, que é mecânico e sempre foi conhecido na comunidade como um homem trabalhador, sofreu traumatismo craniano encefálico, em 3 de maio de 2025. Ele ficou internado até o dia 20 de maio e recebeu alta médica. No entanto, segundo a filha, o pai nunca mais foi o mesmo.

Desde que assumiu os cuidados do idoso em casa, Elaine viu a rotina e a de seus filhos se transformarem em um cenário de medo constante. “Ele ameaça colocar fogo na casa, quebra os móveis e já tentou agredir a mim e aos meus filhos. Eu não aguento mais viver nessa situação. Meus filhos não querem mais ficar em casa por medo do avô”, relatou à nossa reportagem.

No local, havia danos em portas e sinais evidentes da tensão vivida pela família. Em um dos surtos, Elaine contou que precisou acionar o Corpo de Bombeiros pelo 193, temendo que algo mais grave pudesse acontecer. José Carlos foi então conduzido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu medicação e ficou em observação.

Desempregada e vivendo em uma casa alugada, Elaine se vê em um impasse: cuidar do pai, que exige atenção constante, ou proteger a si mesma e seus filhos. “Eu saí do meu trabalho para cuidar dele, mas agora estamos sem renda e com medo dentro da nossa própria casa. Não quero abandoná-lo, mas sozinha não consigo mais”, desabafa.

Preocupada com a segurança do pai e da família, a filha busca uma vaga em hospital psiquiátrico ou clínica especializada, além de apoio de um médico neurologista que possa avaliar o quadro e prescrever medicações mais eficazes. Ela também apela para o apoio de profissionais da saúde, clínicas e instituições que possam acolher ou orientar a família neste momento tão delicado.

A equipe de reportagem procurou a Secretaria Municipal de Assistência Social de Três Lagoas. Por meio de nota, a pasta informou que iria entrar em contato com a família para acompanhar o caso.