Com a falta de chuvas e o calor intenso, o risco de incêndios florestais e urbanos aumenta significativamente em Três Lagoas e em diversas regiões de Mato Grosso do Sul. O Corpo de Bombeiros já está em estado de alerta e totalmente preparado para enfrentar o período crítico que se estende até julho.
A estiagem prolongada tem preocupado autoridades e especialistas. Chuvas bem abaixo da média e temperaturas acima do normal fazem com que a umidade relativa do ar caia drasticamente, criando condições ideais para a propagação do fogo, especialmente em terrenos baldios e áreas de vegetação. Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), o trimestre entre maio e julho será marcado por escassez de chuvas em todo o estado.
Em Três Lagoas, as chuvas nos primeiros 15 dias de maio foram escassas ou praticamente inexistentes. A média histórica de precipitação no município é de cerca de 52 milímetros para o mês de maio, caindo para 29 mm em junho e apenas 17 mm em julho. Contudo, até agora, o acumulado de maio não ultrapassa os 30 milímetros, um sinal preocupante de agravamento da estiagem. Além disso, as temperaturas vêm superando as médias históricas, que normalmente variam entre 18ºC e 22ºC nesta época do ano.
Diante desse cenário, o Corpo de Bombeiros de Três Lagoas já reforçou o planejamento e colocou em prática seu plano de ação. De acordo com o tenente Cândido, a preparação começou ainda em março. “Nossa fase de preparação já terminou. Em março fizemos revisão nos equipamentos, viaturas, mapeamos as áreas que queimaram no ano passado e reforçamos a vigilância nas que não queimaram. Agora, estamos na fase de alerta”, explicou.
Além das ações locais, o 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, que abrange Três Lagoas e cidades vizinhas, já enviou militares para atuar no Pantanal, uma das regiões mais afetadas por queimadas no estado. “Desde o mês de maio estamos mandando pessoal para o Pantanal para a fase de observação e primeira resposta. Um militar de cada cidade da nossa área: Três Lagoas, Santa Rita, Aparecida, Paranaíba e Chapadão do Sul”, detalhou o tenente.
Notícias Relacionadas
Benefício
Pagamento da 2ª parcela do Pé-de-Meia 2025 começa na segunda-feira
O banco é o responsável pela gestão dos recursos repassados pelo MEC
ATUALIZAÇÃO
Identificado corpo encontrado em cova rasa dentro de mata
Corpo foi encontrado por casal que procurava sucatas descartadas irregularmente em mata
Em Três Lagoas, as equipes já estão mobilizadas. “Nossas caminhonetes estão equipadas com o kit picape, todo o material foi revisado, e estamos prontos para a temporada dos incêndios florestais”, reforçou Cândido.
Além das queimadas em áreas de mata, os incêndios urbanos também preocupam, principalmente em terrenos baldios. A situação se agrava com a prática irregular de queimadas para limpeza de terrenos, que além de ser crime, coloca em risco a segurança de toda a comunidade. “Sempre tem aquele terreno pegando fogo. A gente chega e percebe que foi uma tentativa de limpeza. Não vemos o proprietário, nem denúncias, mas é sempre importante reforçar: uma queimada para limpeza pode desencadear um grande incêndio”, alertou o tenente.
A previsão para os próximos meses é de agravamento da seca, com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, especialmente nas regiões sudeste e oeste do estado. A combinação de calor intenso e baixa umidade cria um ambiente propício para o surgimento de ondas de calor e o aumento expressivo do risco de incêndios, ameaçando tanto a vegetação quanto as áreas rurais e urbanas.
O Corpo de Bombeiros orienta a população a evitar qualquer tipo de queimada, denunciar práticas irregulares e redobrar os cuidados, especialmente em áreas próximas a terrenos baldios e vegetações secas.
