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Febre do ‘Morango do Amor’ esvazia prateleiras e dispara preços em Três Lagoas

Sobremesa viral faz fruta quase desaparecer do comércio e aumenta valor em até 100% na cidade

Bandeja de morango por ser encontrada por até R$ 26 em Três Lagoas - Foto: Reprodução/TVC HD.
Bandeja de morango por ser encontrada por até R$ 26 em Três Lagoas - Foto: Reprodução/TVC HD.

A febre do “morango do amor” invadiu as redes sociais e, em pouco tempo, virou sensação também nas gôndolas dos supermercados. A sobremesa, que lembra a tradicional maçã do amor, viralizou na internet e provocou uma verdadeira corrida pelo morango em várias cidades do país. Em Três Lagoas, a moda já impacta diretamente o abastecimento e os preços da fruta.

A alta procura surpreendeu comerciantes locais. “Na semana passada, vendíamos a bandeja a R$ 7,99. Agora, quando encontramos morango, o custo já está em R$ 17. A previsão é que tenhamos que vender por até R$ 25 ou R$ 26 a unidade”, relatou Almir Lopes, gerente de supermercado. O mesmo estabelecimento que costumava vender cerca de 400 caixas por semana, agora pede mil e recebe menos da metade do que solicita. “Pedimos 100, recebemos 40. A demanda é tão grande que o fornecedor não dá conta”, disse.

Além dos supermercados, quitandas e hortifrútis dos bairros também enfrentam escassez. A fruta está em falta e, quando aparece, tem preço elevado. “Antes a gente comprava por R$ 7 ou R$ 8 e vendia a R$ 10. Hoje, chega a R$ 15 e temos que vender entre R$ 18 e R$ 20”, afirmou o comerciante Filó Batista.

Mesmo com os valores altos, os consumidores não desanimam. A empresária Cássia Gasparotto confessou que cedeu à curiosidade. “Comprei sim. É gostoso, lembra a maçã do amor. Mas acho que o preço está exagerado. Não condiz com a realidade. Daqui a pouco, o morango vai custar o dobro do que deveria”, criticou. Para ela, se os preços continuarem subindo, “vamos ter que voltar para a maçã, que pelo menos é maior e mais barata”.

O morango, que até então era apenas coadjuvante nas sobremesas, se tornou o protagonista. A previsão é de que o valor da fruta continue alto enquanto durar a “febre” nas redes sociais e nas cozinhas. Enquanto isso, comerciantes seguem tentando equilibrar oferta e demanda diante de um fenômeno que une internet, paladar e mercado.