
No instante em que seus pés tocaram a areia, o tempo pareceu suspenso. O silêncio do estádio deu lugar a um grito — não apenas de vitória, mas de descoberta. Aos 15 anos, Maria Eduarda da Silva Santos, de Três Lagoas (MS), saltou 5,69 metros, o melhor salto de sua carreira, e conquistou o título de campeã brasileira no salto em distância, durante o Campeonato Brasileiro de Atletismo Sub-16.
“Nossa, passa um filme na minha cabeça, meu Deus como eu fiz isso, e agora só penso que dá para melhorar, e se Deus quiser vou chegar nos 7 metros”, relatou Maria Eduarda, ainda vivendo a euforia do salto. O feito, alcançado sob o sol da capital paraibana, foi mais do que um número no placar. Foi o voo de uma menina que aprendeu a acreditar na força das próprias pernas — e na leveza dos seus sonhos. De volta a Três Lagoas, e na rotina de uma adolescente, na Escola Estadual João Magiano Pinto, o Jomap, Maria Eduarda confessou que está muito feliz com o título de campeã brasileira.
“Estou muito feliz, é o meu primeiro título de campeã brasileira, sou grato aos meus treinadores Reynaldo e Alex, a diretora da escola Lourdinha, que sempre me apoia, então encerro 2025 com gratidão a todos”, contou Maria Eduarda. Mas a história não parou ali. No mesmo campeonato, a jovem voltou à pista e, com energia renovada, garantiu também o bronze no salto triplo. Duas medalhas, duas provas, uma atleta que começa a traçar o próprio caminho entre as promessas do atletismo brasileiro.
Onde a jovem já mira uma olimpíada inspirada em outra mulher também de Três Lagoas, Silvania da Costa. “Eu quero muito isso, minha família sabe o que eu passo pra viver tudo isso, eu nasci preparada pra isso, meu sonho é uma medalha olímpica”, finalizou atleta. O técnico, emocionado, resume: “Ela tem talento e, principalmente, coragem. Não teme o vento, nem o chão. Maria salta com o coração.”, pontuo Reynaldo Abrão.
De volta para casa, em Três Lagoas, a campeã leva na bagagem o brilho dourado do pódio e a certeza de que seus passos — ou saltos — podem alcançar horizontes cada vez mais altos. Porque, para quem aprendeu a voar sem asas, o céu é apenas o começo. Aos 15 anos, Maria Eduarda levou o ouro no salto em distância com 5,69 m — o melhor salto da carreira — e o bronze no triplo, mostrando que o futuro do atletismo brasileiro tem nome e asas.