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Mato Grosso do Sul já soma mais de mil mortes por infarto e AVC em 2025

As causas de AVC, podem estar ligadas a questões genéticas, mas o estilo de vida do paciente é determinante no diagnóstico

 Estado soma 450 mortes causadas somente por AVC em 2025
Estado soma 450 mortes causadas somente por AVC em 2025

Celebrado em 29 de outubro, o Dia Mundial de Preveção do AVC (Acidente Vascular Cerebral) que alerta para uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. O AVC isquêmico, representa cerca de 95% dos casos, ocorre quando há bloqueio ou redução do fluxo sanguíneo no cérebro, impedindo a chegada de oxigênio e nutrientes. As consequências podem ser graves: sequelas motoras, dificuldade de fala, perda de memória e até morte.

O cardiologista Julio Calil Neto destaca os principais fatores de risco: hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, obesidade, sedentarismo e fibrilação atrial, arritmia que favorece a formação de coágulos. A idade e o histórico familiar também aumentam o risco, mas o estilo de vida é determinante na prevenção.
“Quanto mais o paciente conhece as condições do próprio coração, mais passos consegue dar em direção à prevenção”, afirma o cardiologista.

Segundo ele, a maioria dos casos poderia ser evitada com atitudes simples: controle da pressão arterial, prática regular de atividades físicas, alimentação equilibrada e abandono do cigarro, bebidas alcoólicas e entorpecentes.

“O reconhecimento rápido dos sintomas é crucial. Fraqueza em um dos lados do corpo, fala arrastada, boca torta ou perda súbita de visão e equilíbrio exigem atendimento imediato. O tempo é fundamental para salvar vidas e garantir a recuperação”, alerta o médico cardiologista Julio Calil Neto.

As doenças cardiovasculares seguem como uma das maiores causas de morte no mundo. A OMS estima que, em 2022, 19,8 milhões de pessoas morreram por essas enfermidades — 32% de todos os óbitos globais. No Brasil, o infarto continua sendo a principal causa de mortalidade. De acordo com o Ministério da Saúde, no primeiro semestre de 2025, o SUS registrou 1,6 milhão de atendimentos ambulatoriais e 93,2 mil internações por doenças cardíacas. Em 2024, foram 177,7 mil procedimentos hospitalares e 93,6 mil mortes, número próximo ao de 2023, com 94 mil óbitos.

Em Mato Grosso do Sul, o cenário é igualmente preocupante: somente em 2025, já são 923 mortes por infarto e 450 por AVC.

Entre 2023 e junho de 2025, o governo federal destinou R$ 949,2 milhões para custear atendimentos ambulatoriais e hospitalares relacionados ao AVC. Em 2024, foram 196,3 mil internações e 1 milhão de atendimentos pelo SUS.