
O Procon de Três Lagoas divulgou uma nova pesquisa de preços da cesta básica, apontando diferenças significativas entre os supermercados da cidade. O levantamento reforça a importância da comparação antes das compras, especialmente diante de itens que continuam pesando no bolso do consumidor.
Os consumidores entrevistados confirmaram a percepção geral do levantamento: o café segue como um dos produtos mais caros e que mais sofreram aumento.
A administradora Vanilda Queiroz, que veio do Espírito Santo, diz sentir forte impacto no orçamento.
“A diferença é exorbitante. O café é o grande vilão. Em Três Lagoas eu achei um absurdo, fora da realidade”.
A fisioterapeuta Jaqueline Borges, de São Paulo, também aponta o mesmo problema.
“Arroz, feijão e legumes estão caros, mas o café é bem discrepante em relação à realidade do povo brasileiro”.
O também administrador, Wellington Ribeiro, que acompanha de perto seus gastos, confirma o aumento expressivo.
“Nos últimos seis meses, café, leite e carne foram os itens que mais subiram. O impacto no bolso é grande”.
O estudo avaliou itens essenciais da cesta básica, como arroz, feijão, carne, leite, pão, óleo de soja e café, além de produtos de higiene e limpeza.
Entre os destaques estão:
- Arroz tipo 1 (5 kg): de R$ 12,89 a R$ 21,90
- Frango resfriado: de R$ 8,99 a R$ 18,90
- Açúcar cristal (5 kg): de R$ 15,87 a R$ 25,99
A diferença entre o menor e o maior valor pode ultrapassar 60% em alguns casos.
O economista e educador financeiro Marçal Rizzo reforçou a importância de o consumidor usar a informação a seu favor.
“Não devemos comprar por impulso. Hoje, com acesso à informação, é possível buscar o melhor preço. Cada centavo importa”.
Rizzo também destacou que o ato de comprar deve ser planejado.
“Compra deve ser ação planejada. O dinheiro é difícil de ganhar — e precisamos valorizar cada centavo. Planeje suas compras”.
O Procon de Três Lagoas reforça que pesquisas como essa são essenciais para orientar os consumidores e estimular a concorrência saudável entre supermercados. O órgão continuará realizando levantamentos periódicos, especialmente diante do aumento no custo dos alimentos.