O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, oficializou sua filiação ao Progressistas (PP). Ele deixa o PSDB após mais de 20 anos de militância.
A decisão ocorre em meio ao enfraquecimento nacional do PSDB, que em 1998 chegou a ter sete governadores e quase cem deputados federais, mas em 2024 enfrentou sua pior eleição municipal da história e hoje não conta com nenhum senador eleito.
No discurso de filiação, Riedel agradeceu ao PSDB e destacou que a mudança de partido reflete uma nova realidade do país. “O Brasil mudou, e nós precisamos acompanhar essas transformações para continuar contribuindo com o desenvolvimento do nosso Estado e do país”, afirmou.
O governador também apontou o desempenho econômico do Estado, citando crescimento do PIB próximo de 6% neste ano, além do segundo menor índice de desemprego e de pobreza extrema do país. “Nosso propósito é erradicar a pobreza não apenas com apoio social, mas com crescimento, inclusão produtiva e educação”, acrescentou.
A filiação fortalece uma tríade política em Mato Grosso do Sul. Além do Executivo estadual, comandado por Riedel, o PP reúne a Prefeitura de Campo Grande, com Adriane Lopes, e a representação no Senado, com Tereza Cristina. A legenda também controla a Assembleia Legislativa, presidida por Gerson Claro. O movimento garante ao partido o comando das principais instituições políticas do Estado.
A senadora Tereza Cristina, que conduziu a filiação, ressaltou a importância da chegada do governador ao partido. “É com enorme satisfação que dou as boas-vindas a um grande governador, que tem governado com transparência e compromisso. A presença de Riedel fortalece o Progressistas no Estado e também no cenário nacional”, afirmou.
Durante a semana foi oficializada também a federeção entre União Brasil e Progressistas.
Com validade de quatro anos, a aliança abrangerá as eleições de 2026 e 2028, unindo os partidos em todos os estados e municípios. A federação terá 15 senadores e 109 deputados federais, se tornando a maior força política do Congresso Nacional, além de sete governadores e mais de 1.300 prefeitos eleitos em 2024.