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Três Lagoas entra em estado de risco para dengue e prepara mobilização

Com a chegada da chuva e o aumento da temperatura, o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti

De acordo com o coordenador do Setor de Endemias, Alcides Ferreira, o levantamento mais recente registrou índice de 4,4%, acima do limite considerado seguro pelo Ministério da Saúde. Foto: Reprodução/TVC HD.
De acordo com o coordenador do Setor de Endemias, Alcides Ferreira, o levantamento mais recente registrou índice de 4,4%, acima do limite considerado seguro pelo Ministério da Saúde. Foto: Reprodução/TVC HD.

O mês de novembro marca a campanha nacional de combate à dengue e, em Três Lagoas, o alerta foi novamente ligado. Com a chegada da chuva e o aumento da temperatura, o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti subiu e colocou o município na classificação de risco, segundo o último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa).

De acordo com o coordenador do Setor de Endemias, Alcides Ferreira, o levantamento mais recente registrou índice de 4,4%, acima do limite considerado seguro pelo Ministério da Saúde. Números abaixo de 1% indicam situação tranquila; de 1 a 3,9 % representam alerta; e acima de 4% apontam risco de surto.

“Com as chuvas volumosas, o índice de infestação aumentou e precisamos redobrar a atenção. Mesmo com poucos casos até agora, o momento é crítico e exige cuidado da população”, explica Alcides.

Os bairros com maior concentração de focos continuam sendo Paranapungá, Jardim Alvorada, Vila Piloto, Vila Hro e São Carlos. Mais de 80% dos criadouros do mosquito são encontrados dentro das residências. Pequenos depósitos móveis, como pratinhos de plantas, bebedouros de animais, recipientes jogados no quintal e brinquedos que acumulam água, representam 46 % dos focos identificados no último levantamento.

Além do aumento da infestação, Três Lagoas convive com a circulação simultânea dos sorotipos 1, 2 e 3 da dengue. O tipo 3 não aparecia no município há mais de 15 anos, o que deixa parte da população suscetível. Esse cenário eleva o risco de surto para os próximos meses.

Segundo Alcides, o poder público vem executando todas as ações recomendadas pelo Ministério da Saúde, como visitas domiciliares, monitoramento por armadilhas e intensificação das atividades nos bairros com maior número de focos. O município também prepara a implantação de estações disseminadoras de larvicida, que permitirão combater o mosquito de forma mais ampla e rápida.

Nos últimos anos, Três Lagoas ampliou o monitoramento por meio das armadilhas ovitrampas, o que ajuda a identificar precocemente os bairros com maior infestação. A partir de novembro, a cidade também adotou a nova estratificação de risco, priorizando áreas com mais casos e armadilhas positivas.

No dia 27 de novembro, na Praça Ramez Tebet haverá uma mobilização, com as entidades parceiras. Haverá estandes informativos, distribuição de materiais educativos e atividades voltadas ao comércio. O objetivo é mobilizar a população e chamar atenção para a importância da prevenção.

Mesmo com todas as ações realizadas, Alcides reforça que o apoio da população é decisivo. “Se cada um reservar 10 minutos da semana para vistoriar o quintal e eliminar criadouros, já reduzimos muito o risco. A dengue continua sendo um desafio porque o mosquito se adapta a qualquer ambiente”, afirma.